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Agronegócio

Tendências de Mercado de Café em 2025: Brasil enfrenta ritmo lento nos negócios

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O mercado internacional de café iniciou o ano com ajustes nas Bolsas de Nova York, para o arábica, e em Londres, para o robusta. Até o dia 9 de janeiro, as cotações apresentaram declínios, reflexo de ajustes técnicos e reposicionamento das carteiras dos fundos de investimento. O café, que registrou altos significativos em 2024 – com preços em Nova York subindo cerca de 80% e em Londres superando 100% – tem experimentado uma realização de lucros, o que tem impactado as bolsas.

Além disso, o mercado continua oscilando em função de variáveis financeiras, como as flutuações do dólar, do petróleo e das bolsas de valores. No âmbito fundamental, persiste a preocupação com a oferta, já que a safra brasileira de 2025 pode ser comprometida devido aos longos períodos de seca e altas temperaturas em 2024. A atenção segue voltada para o clima e as condições das lavouras no país.

Movimentação no Mercado Brasileiro e Exportações

No mercado físico brasileiro, o início do ano foi marcado por um ritmo lento nas negociações de café. Embora tenha ocorrido alguma movimentação pontual, com compradores mais ativos no dia 9 de janeiro, o produtor continua a dosar a oferta e a buscar cotações mais elevadas. No entanto, as cotações também recuaram, acompanhando a tendência das bolsas internacionais e da desvalorização do dólar até aquele momento (na sexta-feira, 10, houve uma reação nos preços).

Entre os dias 2 e 9 de janeiro, os preços do arábica de boa qualidade no sul de Minas Gerais recuaram de R$ 2.270,00 para R$ 2.250,00 a saca (-0,9%). Já o preço do conilon tipo 7, em Vitória (ES), caiu de R$ 1.885,00 para R$ 1.865,00 a saca, representando uma queda de 1,1%.

Desempenho das Exportações de Café

As exportações brasileiras de café em grão registraram um total de 3.365.133 sacas de 60 quilos em dezembro de 2024, com uma média diária de 160.245 sacas. A receita alcançou US$ 1,003 bilhão, o que corresponde a uma média diária de US$ 47,792 milhões, com preço médio de US$ 298,24 por saca.

Esse desempenho representou um aumento de 29,4% na receita média diária em comparação com dezembro de 2023, que foi de US$ 38,783 milhões. No entanto, o volume exportado foi 17,1% inferior ao registrado no mesmo mês do ano anterior, que totalizou 202.967 sacas diárias. O preço médio de venda foi 56,1% superior ao de dezembro de 2023, refletindo uma valorização das exportações de café brasileiro.

Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Fonte: portaldoagronegocio

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