A previsão anterior (de julho passado) era a de que esta próxima safra correspondesse a novo recorde mundial, ficando próxima de 1,225 bilhão de toneladas. Mas houve algumas correções para baixo – principalmente em relação à China, União Europeia, Ucrânia e Rússia – e, em decorrência, o volume agora previsto fica ligeiramente aquém do recorde observado na safra 2021/2022, quando o volume produzido chegou a quase 1,219 bilhão de toneladas.
Entre os 10 principais produtores mundiais, apenas três podem enfrentar regressão em relação ao que vem sendo previsto para a safra 2022/2023, um deles o Brasil. E isto é explicado pelo fato de o USDA prever que a atual safra brasileira do grão chegará aos 135 milhões de toneladas. Mas como por aqui se estima (CONAB) que o volume do corrente exercício deve girar em torno dos 130 milhões de toneladas, na prática não ocorre redução.
Por outro lado, deve chamar a atenção no gráfico abaixo o fato de estar sendo previsto aumento de 59% na produção da Argentina. É que, devido à seca, ocorreu violenta quebra na atual safra do vizinho país, prevendo-se recuperação na safra vindoura. Ainda assim, o volume apontado continuará bem aquém do registrado na safra 2021/2022, de 71,5 milhões de toneladas.
Pelas previsões do USDA, praticamente dois terços da próxima safra mundial dependem de apenas três países: eua, com perto de 32% do total; China, com 23%; e Brasil, com quase 11%.
Fonte: portaldoagronegocio