A busca por soluções sustentáveis e eficazes na agricultura tem impulsionado o desenvolvimento de tecnologias inovadoras. Nesse contexto, a startup Dioxd apresenta uma alternativa promissora: o tratamento de sementes com CO2, que tem demonstrado aumentar significativamente a produtividade no cultivo de soja e feijão.
Origem e Evolução da Tecnologia
Em 2013, o empreendedor João Barboza, então com apenas 13 anos, concebeu um projeto revolucionário ao observar o ciclo da fotossíntese e a troca de gases das plantas. O projeto inicial, uma mangueira subterrânea que liberava CO2 próximo às raízes, evoluiu para o tratamento direto das sementes, revelando resultados surpreendentes.
Em 2017, a iniciativa se transformou na Dioxd, pioneira no tratamento de sementes com CO2. Com apoio de entidades como a Sociedade Rural do Paraná e a aceleradora Cyklo, a empresa consolidou sua tecnologia e iniciou operações comerciais em 2020.
Funcionamento da Tecnologia
O processo da Dioxd é simples e eficaz. Para cada tonelada de sementes armazenadas, dois equipamentos são inseridos, distribuindo uniformemente o CO2 entre as sementes e monitorando fatores como temperatura e concentração. Durante 40 minutos, as sementes absorvem o CO2, reduzindo sua taxa de respiração e preparando-as para uma germinação vigorosa.
Resultados e Modelo de Negócio
Os resultados nos campos têm sido expressivos, com aumento médio de 20% na produtividade em relação a safras anteriores. A Dioxd opera atualmente sob o modelo de prestação de serviço, tratando até 400 bags de sementes por hora. O baixo investimento para os produtores, que apenas contratam o serviço, aliado ao retorno significativo em produtividade, tem impulsionado a adesão à tecnologia.
Perspectivas Futuras
Sediada em Londrina, a Dioxd planeja expandir sua atuação pelo Brasil, com destaque para estados como Mato Grosso. Além disso, busca investimentos para ampliar a oferta da tecnologia para outras culturas, como milho e algodão. Com patente internacional, a empresa visa também expansão internacional, mirando países da América do Sul, Estados Unidos e Canadá.
Fonte: portaldoagronegocio
