A consultoria StoneX manteve sua estimativa para a safra de soja brasileira em 2024/25 em um recorde de 166,2 milhões de toneladas, inalterada em relação à previsão divulgada em novembro, graças às condições favoráveis das lavouras. Apesar disso, a consultoria elevou as projeções de exportação para os ciclos de 2024 e 2025.
Conforme o levantamento divulgado nesta segunda-feira (2), o clima permanece como um fator crucial, já que a colheita terá início efetivo apenas no início do próximo ano, intensificando-se ao longo de janeiro, especialmente em áreas de plantio precoce ou que utilizam variedades mais rápidas.
“Nas últimas semanas, algumas regiões do Sul do país enfrentaram períodos de menor umidade, gerando preocupações. Contudo, as chuvas mais pesadas retornaram, e as previsões seguem indicando volumes positivos de precipitação”, destacou Ana Luiza Lodi, especialista em inteligência de mercado da StoneX, em nota oficial.
Embora otimista, a estimativa da StoneX é considerada mais conservadora em relação às consultorias Céleres e Agroconsult, que projetam uma safra acima de 170 milhões de toneladas.
Exportações revisadas para cima
A previsão de exportação de soja para o ano-safra 2024/25 foi ajustada para 103 milhões de toneladas, um aumento de 1 milhão em relação ao cálculo anterior. Para 2024, referente à safra 2023/24, a projeção subiu de 95 milhões para 99 milhões de toneladas.
A StoneX atribui essa revisão ao “volume expressivo” de soja já embarcado até agora, o que impulsionou a atualização dos números do ciclo 23/24. Caso a safra recorde de 2024/25 se concretize, a consultoria prevê uma “situação mais confortável” no balanço de oferta e demanda.
Estoques e consumo interno
Os estoques finais estimados para 2023/24 são de 2,1 milhões de toneladas, enquanto em 2024/25 podem alcançar 6,1 milhões de toneladas, mesmo com o recorde de exportações e uma demanda doméstica de 60 milhões de toneladas projetada para o próximo ano.
Em 2023/24, o Brasil consumiu estoques reduzidos devido a uma safra prejudicada por problemas climáticos, que resultou em uma colheita de 149,8 milhões de toneladas, abaixo do recorde de 159,5 milhões de toneladas registrado em 2022/23.
Fonte: portaldoagronegocio