Nesta terça-feira (7), os contratos futuros da soja registraram queda na Bolsa de Chicago (CBOT), devolvendo os ganhos da sessão anterior. Por volta das 7h55 (horário de Brasília), as baixas variavam entre 8,25 e 10 pontos nos principais vencimentos. O contrato para março foi cotado a US$ 9,89 por bushel, enquanto o de maio ficou em US$ 10,00 por bushel.
Fundamentos Pesam Sobre os Preços
Os preços da oleaginosa seguem pressionados por fundamentos baixistas, como a expectativa de uma safra recorde no Brasil, o que adiciona volatilidade ao mercado. Após um pregão de alta na segunda-feira, os futuros da soja perderam força ao final da sessão, refletindo esse cenário.
Além disso, os mercados vizinhos, como milho e trigo, também apresentaram recuos, contribuindo para a fraqueza no complexo da soja. Enquanto o farelo de soja caiu mais de 1%, o óleo de soja conseguiu manter desempenho levemente positivo, trazendo algum equilíbrio ao setor.
Clima na América do Sul e Relatório do USDA
As condições climáticas na América do Sul estão sob intensa observação. Regiões da Argentina e do sul do Brasil enfrentam chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, fatores que começam a impactar negativamente as lavouras.
Outro elemento de cautela é o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na próxima sexta-feira (10). O mercado aguarda possíveis ajustes nas estimativas, especialmente em relação às safras da América do Sul, o que pode influenciar os preços.
Incertezas Macroeconômicas
A volatilidade do dólar, tanto no mercado doméstico quanto internacional, também deixa os traders em compasso de espera. Adicionalmente, há especulações sobre o impacto da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, prevista para ocorrer em duas semanas. As preocupações incluem possíveis mudanças nas tarifas comerciais e no relacionamento dos EUA com parceiros como a China, o que pode repercutir no mercado de commodities agrícolas.
Expectativa para o Mercado
Embora os preços estejam em queda, o mercado continua atento a esses fatores estruturais e conjunturais que podem trazer novas direções ao longo da semana. O relatório do USDA e as atualizações climáticas serão determinantes para a definição de tendências nos próximos dias.
Fonte: portaldoagronegocio
