Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago continuam a registrar alta, dando sequência ao movimento positivo da sessão anterior. Na manhã desta segunda-feira (17), por volta das 9h40 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 3 e 9 pontos. O contrato de agosto era negociado a US$ 10,99 por bushel, tendo alcançado US$ 11,00 mais cedo, enquanto o contrato de novembro, referência para a safra americana, estava cotado a US$ 10,46 por bushel.
Além dos reajustes após as intensas perdas recentes, o mercado também encontra suporte nas notícias de uma demanda chinesa mais ativa no mercado norte-americano. “Há rumores de que a Sinograin, empresa estatal chinesa, está comprando soja dos EUA, com embarques previstos para outubro na região do Golfo e nos portos do Pacífico”, explica Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro.
A Agrinvest Commodities complementa destacando não só as vendas dos EUA para a China, mas também as do Brasil para o país asiático, com prêmios atrativos. “O Brasil está agora em paridade com os EUA. No momento, quem compra soja americana é a Sinograin. As crushers privadas na China continuam comprando no Brasil, mas acredito que começarão a dividir suas compras”, comenta Eduardo Vanin, analista de mercado da consultoria.
Além da demanda, o clima no Meio-Oeste americano também merece atenção. As condições estão mais frias e chuvosas, o que não representa uma ameaça séria à nova safra, mas mantém o mercado em alerta.
“O modelo GFS, gerado nesta manhã, indica volumes totais de até 65 mm no sudeste americano e nos estados do Delta até domingo. Nos próximos 10 dias, são previstos acumulados moderados nessas regiões, além do sudeste do Kansas, leste da planície sul e Ohio. Já o modelo europeu, gerado na madrugada, difere do GFS ao indicar clima seco no Corn Belt, com maiores volumes de chuva no sudeste americano, Mississipi e Luisiana”, afirma o diretor da Labhoro.
Fonte: portaldoagronegocio