O mercado do feijão-carioca segue apresentando sinais de melhora, com aumento nos preços no interior de São Paulo, conforme relatado no final de semana. Negócios realizados na região giraram em torno de R$ 275, com pagamentos a vista ou em até 20 dias. Esses valores estão acima dos R$ 258,75 registrados na última sexta-feira, conforme o índice CEPEA/CNA, na região de Itapeva. No Noroeste de Minas Gerais, os preços médios foram de R$ 239,00.
Já o mercado do feijão-preto continua com baixos volumes de negociação. Na semana passada, o índice CEPEA/CNA apontou uma média de R$ 228,95 no Sul do Paraná, uma queda de 1,1% em relação à semana anterior. Em Lucas do Rio Verde, os preços se mantiveram estáveis, com a referência de R$ 262,00.
Expectativas para o Feijão-Carioca em Dezembro e para a Safra de 2024/25
Em relação ao feijão-carioca, o mês de dezembro apresenta um cenário tradicional, com a demanda restrita ao estoque existente no varejo. Normalmente, as reposições são evitadas nos dias que antecedem os feriados, pois a atenção do consumidor se volta para os produtos sazonais.
No entanto, o cenário atual sugere que os empacotadores devem evitar manter grandes estoques nos armazéns durante o período de festas. Com uma colheita crescente prevista para Minas Gerais e Paraná, especialmente durante o Natal e o Ano Novo, o risco de manter feijão armazenado se torna maior, levando os produtores e empacotadores a se prepararem para o aumento da oferta nas próximas semanas.
A safra de feijão-carioca deste ano enfrentou ajustes nas estimativas de colheita. Inicialmente, a previsão era de 608 mil toneladas, mas, após ajustes, o total final ficou em 571 mil toneladas. Para a safra 2024/25, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) projeta um volume inicial menor, de 573 mil toneladas.
Com a previsão de estoques mais baixos para o final de 2024, espera-se que o primeiro semestre de 2025 tenha uma disponibilidade de feijão-carioca inferior à do início deste ano, o que pode afetar o mercado no curto prazo. Informações do IBRAFE
Fonte: portaldoagronegocio