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Agronegócio

Seca no RS preocupa, mas problema parece localizado, avalia IBGE

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A seca no Rio Grande do Sul preocupa em relação a seus efeitos sobre a produção de grãos, mas este , o problema parece mais ´localizado´ em comparação com o ocorrido no verão passado. A afirmação foi realizada nesta quinta-feira, 12, por Carlos Barradas, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na safra passada, a seca na Região Sul provocou uma quebra na produção de soja, com um tombo de 11,4% ante 2021. “Ano passado (no verão de 2021 para 2022) foi ´sui generis´. (Na safra atual) Estamos esperando alguma perda lá (no Rio Grande do Sul), mas temos de aguardar para ver e não deverá ser da forma que foi em 2022. Dizem que o (fenômeno climático) La Niña deste ano será mais fraco. Ano passado, a seca foi até o Paraná e pegou Mato Grosso do Sul”, afirmou Barradas.

Com a seca mais localizada, o IBGE continua projetando um novo recorde de produção na safra atual – a safra de 2022 já havia sido recorde, apesar da quebra na produção de soja. O terceiro e último Prognóstico da Produção Agrícola, divulgado junto com o LSPA de dezembro nesta quinta-feira, 12, projeta produção de 296 209 milhões de toneladas em 2023, um salto de 12,6% em relação ao resultado de 2022.

Barradas, além do fato de a seca deste verão estar mais localizada no Rio Grande do Sul, outros fatores sustentam a projeção de recorde. Um deles é que a restrita ao extremo sul afeta menos a segunda safra de – que responde pela maior parte da produção total nacional -, já que os produtores gaúchos destinam a segunda colheita para ração animal.

Mais importante, as cotações internacionais dos grãos estão elevadas. “Os preços estão muito bons. Como estão muito bons, o produtor amplia a área”, afirmou Barradas.

Além disso, com exceção do Rio Grande do Sul, na maior parte das regiões produtoras, o regime de chuvas começou dentro do esperado, no início da primavera.

Com isso, não há previsão de problemas relacionados à janela de plantio do milho de segunda safra, que entra nas mesmas áreas destinadas à soja no verão. Segundo Barradas, isso significa que apesar das incertezas inerentes ao comportamento do clima meses à frente, as condições estão dadas para uma boa segunda safra de milho.

Fonte: portaldoagronegocio

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