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Agronegócio

Safra mineira priorizará fabricação de adoçante

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Safra mineira priorizará fabricação de adoçante

Apesar do incremento, devido ao clima, a quantidade de Açúcar Total Recuperável (ATR) por tonelada de cana pode cair 2% e, com isso, a produção dos subprodutos ficará praticamente estável. No Estado, a produção de açúcar deve chegar a 4,1 milhões de toneladas, mantendo-se no confronto com a safra passada, e a de etanol, calculada em 2 bilhões de litros, deve cair 0,3%.

De acordo com o estudo da companhia, a área de colheita da cana deverá subir 2%, chegando a 863,4 mil hectares. Também há uma expectativa de recuperação da produtividade em 3,2%, resultado de um clima mais favorável que o ocorrido no último ciclo. O rendimento médio por hectare, no Estado, foi calculado em 78,1 toneladas de cana.

Segundo o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Rafael Fogaça, em Minas Gerais o ciclo da cana começou de maneira positiva, especialmente no que se refere ao clima.

“No Estado foi registrado um bom volume de chuvas entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. A partir de março de 2022, as precipitações ficaram menores, porém, isso não impactou o potencial produtivo das lavouras, que estavam na iminência de colheita”.

O menor volume pluviométrico em março favoreceu a maturação e recuperação de açúcares, assim como o avanço das operações de corte.

De acordo com os dados da Conab, em relação ao Açúcar Total Recuperável (ATR) médio, é esperada queda de 2% frente à safra passada, com 9,21 toneladas por tonelada de cana, ante 9,39 registrada na safra anterior.

“A queda no ATR está relacionada ao clima, com as geadas e chuvas. A queda do ATR afeta a produção dos subprodutos”, explica.

Perfil da safra

Dentre os subprodutos da cana, a produção de açúcar no Estado ficará estável. A estimativa é fabricar 4,14 milhões de toneladas do adoçante. Ao todo, serão destinadas para a produção do adoçante 38,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, alta de 30% se comparada com as 29 milhões de toneladas destinadas anteriormente.

Do volume total de cana a ser esmagada, 57,3% serão destinados à geração do adoçante e 42,2% para a fabricação de biocombustível.

“O maior volume de cana destinado ao açúcar se deve aos contratos já formados pelas usinas com o mercado, principalmente, com as indústrias alimentícias”, destaca.

Já a produção geral de etanol total foi estimada em 2,8 bilhões de litros, volume que apresenta pequena redução de 0,3% em relação à safra passada. Ao todo, serão 28,4 milhões de toneladas de cana destinadas à fabricação do biocombustível, retração de 17,1%.

A produção de anidro apresenta tendência de alta, 5,8%, chegando a um volume de 1,17 bilhão de litros. Serão destinadas 10,9 milhões de toneladas de cana para a fabricação do anidro, queda de 24,8% frente à safra passada.

“A maior fabricação de etanol anidro, que é adicionado à gasolina, se deve a uma perspectiva de aumento do consumo do combustível”, explica Fogaça.

Quanto ao etanol hidratado, é esperado decréscimo de 4,3% em comparação à safra 2021/22. Ao todo, serão produzidos 1,6 bilhão de litros, ou 73,589 milhões de litros a menos. O volume de cana a ser esmagado para a produção do hidratado está 11,4% menor, somando 17,4 milhões de toneladas.

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