A colheita de cevada no Rio Grande do Sul continua em ritmo acelerado, com progresso significativo nas regiões do Alto Uruguai e Planalto Médio, conforme divulgado pela Emater/RS-Ascar em seu Informativo Conjuntural na última quinta-feira (31). A expectativa inicial da entidade para a área plantada é de 34.429 hectares, com uma produtividade média projetada de 3.245 kg/ha. Entretanto, a qualidade dos grãos colhidos tem se tornado uma preocupação, uma vez que parte do produto apresenta índices de germinação ligeiramente abaixo do mínimo de 95%, padrão exigido para a utilização na indústria cervejeira.
De acordo com as informações da Emater/RS, na região administrativa de erechim, 40% da área de cevada já foi colhida, com produtividade média em torno de 3.600 kg/ha. Contudo, o índice de germinação insatisfatório tem afetado os preços para os produtores, uma vez que o produto não atende aos padrões necessários para a classificação cervejeira.
Na região de Frederico Westphalen, a colheita já alcançou 90% da área plantada, com uma produtividade média esperada de 2.700 kg/ha. Grande parte do volume colhido tem sido direcionada à indústria de malte. Já na região de Ijuí, 55% da área está colhida, mas com rendimentos aquém do esperado, variando entre 2.000 e 3.300 kg/ha. Os grãos dessa região apresentam índices de germinação entre 85% e 88%, o que os torna inadequados para malteação, obrigando sua destinação à alimentação animal, conforme o Informativo Conjuntural.
Na região de Soledade, 40% das lavouras estão maduras e prontas para a colheita, com 15% já colhidas. Nessa área, a qualidade dos grãos tem sido considerada satisfatória, atendendo aos padrões comerciais exigidos pela indústria cervejeira.
Segundo a Emater, a cevada destinada ao uso cervejeiro está sendo comercializada a R$ 85,00 por saca de 60 quilos na região de Erechim, enquanto em Frederico Westphalen, o valor médio é de R$ 83,00 por saca.
Fonte: portaldoagronegocio