É esperado que a Rússia exporte 3,7 milhões de toneladas de trigo em setembro, de acordo com o que informa a Consultoria AgResource Brasil. Isso representa uma nova alta no ano-safra, mas uma queda total de 1 milhão de toneladas em relação ao ano passado.
“As exportações acumuladas de julho a setembro da Rússia são projetadas em 9,3 milhões de toneladas, uma queda de 2,8 milhões de toneladas em relação ao ano passado. Os exportadores russos continuam tendo como desafio os riscos logísticos e de reputação, mas ao mesmo tempo a falta de trigo do Mar Negro disponível gratuitamente puxou o mercado mundial total de trigo para níveis bem abaixo do ano passado”, comenta a consultoria.
Nesse contexto, é importante acompanhar a situação das projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em relação ao cereal de inverno, principalmente quanto a sua produção. Além disso, preocupa também a falta de demanda dos importadores, algo que afeta diretamente essa situação na Europa.
“É importante lembrar que, o USDA projeta que o mercado mundial de trigo no ano-safra de 22/23 vai aumentar 3,1 milhões de toneladas ano a ano, para um recorde de 208 milhões de toneladas. A falta de demanda de importadores até agora é preocupante, e é provável que o mercado mundial de trigo diminua anualmente pela primeira vez desde 2018”, completa.
A redução da demanda acontecerá, principalmente, devido à seca do verão na Europa e como os dados de exportação europeus sugerem que a previsão de exportação de trigo da Europa de 22/23 do USDA de 33,5 milhões de toneladas está correta. Um dos maiores mercados de trigo do mundo enfrenta o balanço mais apertado já registrado.
