Após a pausa de fim de ano, o mercado de trigo no Brasil começa a mostrar sinais de recuperação, com a retomada das atividades comerciais, embora de forma gradual. O Paraná, em particular, está observando um movimento mais lento nas negociações, mas com perspectivas positivas à medida que as ofertas começam a aumentar nos próximos meses.
Mercado de Trigo no Paraná: Lentamente em Ascensão
De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Paraná está se reestabelecendo de maneira lenta, com negociações retomando no início de janeiro. Os preços no norte do estado são indicados em torno de R$ 1.500,00 por tonelada, enquanto nas regiões oeste e sudoeste os valores são mais baixos, devido à competição com o trigo do Rio Grande do Sul. Além disso, o estado paranaense também está recebendo mais trigo importado da Argentina, com três navios previstos para descarregar no Porto de Paranaguá, totalizando 88.610 toneladas.
Santa Catarina: Recuperação Lenta e Expectativa de Estabilidade
Em Santa Catarina, o ritmo de recuperação é mais lento. As cooperativas continuam recebendo os últimos lotes da safra de trigo. O trigo vindo do Rio Grande do Sul está sendo negociado a preços mais altos, atingindo R$ 1.300,00 mais o frete. O preço no moinho está em torno de R$ 1.450,00 por tonelada. Embora as perspectivas sejam de manutenção da estabilidade ou até uma ligeira queda nos preços, a cotação para os triticultores varia entre R$ 68,00 e R$ 73,00 por saca, dependendo da região.
Rio Grande do Sul: Vendas Avançam Rapidamente
No Rio Grande do Sul, o mercado de trigo tem mostrado maior dinamismo. Cerca de 60% da safra, que soma 3.900.000 toneladas, já foi comercializada. As negociações para janeiro estão quase todas finalizadas, com ofertas para fevereiro começando a ser avaliadas. No mercado local, os preços variam entre R$ 1.320,00 e R$ 1.450,00 por tonelada, com a pedra em Panambi sendo cotada a R$ 65,00 a saca.
Com o cenário de retomada gradual das negociações, os preços de trigo apresentam variações regionais, e a expectativa é de um aumento modesto nas ofertas nos próximos meses, à medida que a safra avança e novas importações de trigo, especialmente da Argentina, são registradas.
Fonte: portaldoagronegocio
