Por exemplo, ontem (23) dezenas de veículos de comunicação de diversas partes do mundo reproduziram com destaque matéria elaborada pela Reuters acerca da declaração, pelo MAPA, de estado de emergência zoossanitária no Brasil pelos próximos seis meses devido ao registro da doença.
Aparentemente, em todas as publicações o press-release da Reuters foi reproduzido na íntegra e, assim, fica claro que os casos até agora registrados estão restritos a aves selvagens, a avicultura comercial permanecendo preservada graças às medidas de biossegurança há tempos adotadas internamente.
Porém, já há quem manifeste preocupação com um possível desdobramento da atual situação sanitária. Como Izaak Breitenbach, Diretor Executivo da Associação Avícola da África do Sul (SAPA, na sigla em inglês). Para ele, “a gripe aviária no Brasil pode afetar fortemente o setor avícola da África do Sul”.
Em entrevista ao site sul-africano 702, Breitenbach declarou que “a maior parte do frango que comemos [na África do Sul] vem do Brasil”. Daí ressaltar que uma potencial crise não só acarretará escassez de frangos no país – “o que, provavelmente, fará com que os preços subam vertiginosamente” – como também pode afetar empregos no setor avícola.
Estimando existirem, nas câmaras frigoríficas sul-africanas, estoques suficientes para os próximos quatros meses, o dirigente da SAPA afirma que o Brasil vem sendo o maior exportador de todos os tipos de carne de frango para a África do Sul. E informa: “nos últimos seis meses o valor total das exportações do Brasil para a África do Sul aumentou significativamente, demonstrando que somos bastante dependentes dele”.
Fonte: portaldoagronegocio
