Transcorridos sete dos doze meses do ano, apenas o frango inteiro permanece com tendência de queda nas exportações. Entre janeiro e julho o volume embarcado somou 587.546 toneladas, recuando 5,23% em relação a idêntico período anterior.
Quem também ainda não apresenta uma tendência bem definida é a carne de frango salgada. Até aqui seus embarques aumentaram apenas 2% em relação ao exportado há um ano, aproximando-se (mas ficando ainda aquém) das 96 mil toneladas.
Com isso, apenas os cortes e os industrializados sinalizam, de forma praticamente definida, aumento de exportação em 2022. O volume de industrializados, de 68.737 toneladas, já aumentou 17,28% entre janeiro e julho deste ano. E os embarques de cortes, já próximos dos 2 milhões de toneladas, aumentaram 9,38%.
O que os quatro itens exportados vêm tendo em comum é o significativo aumento no preço médio. A menor valorização é a dos industrializados – aumento de 16,65%, índice que sobe para 23,64% no frango inteiro e para 26,61% nos cortes, chegando aos 31,75% na carne salgada.
Em decorrência, a receita de cada um desses quatro itens registra expansão igualmente significativa. Representando 20% da receita total, a dos cortes aumentou 17,17%, enquanto industrializados e carne salgada (cerca de 8,5% da receita total) apresentam aumento de 36,80% e 34,51%, respectivamente.
Muito mais representativo, porém, é o aumento do principal item exportado, os cortes. Pois, respondendo por 71,41% da receita total, eles propiciaram, até agora, aumento de receita de, praticamente, 38,5%. A esta altura do ano (primeira quinzena de agosto) devem ter ultrapassado os US$4 bilhões.