Um declínio nas cotações do petróleo bruto ajudou a exercer pressão no mercado futuro do açúcar nas bolsas internacionais nesta quinta-feira (4), fazendo com que a commodity fechasse novamente no vermelho em quase todos os lotes das bolsas de Nova York e Londres, aproximando-se da mínima de quase 1 ano.
Na ICE Futures de NY, o açúcar bruto fechou no vermelho em todos os lotes. O vencimento outubro/22 foi contratado a 17,55 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 22 pontos no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela março/23 recuou 21 pontos, contratada a 17,68 cts/lb. Os demais contratos caíram entre 8 e 17 pontos.
Segundo analistas ouvidos pela Reuters, os preços mais baixos da energia tornam menos lucrativo o uso da cana para produzir etanol, aumentando potencialmente a oferta de cana disponível para a produção de açúcar no Brasil, o que influencia no preço da commodity.
Londres
Em Londres na ICE Futures Europe, o único lote que fechou no azul foi o de maior liquidez, todas as demais telas se desvalorizaram. O vencimento outubro/22 foi contratado ontem a US$ 528,00 a tonelada, valorização de 30 cents de dólar no comparativo com a véspera. Já a tela dezembro/22 recuou 1,80 dólar, negociada a US$ 501,70 a tonelada. Os demais contratos recuaram entre 10 cents e 3 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a quinta-feira foi de valorização nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 129,48 contra R$ 128,84 da véspera, valorização de 0,50% no comparativo.
Etanol hidratado
Já o etanol hidratado, medido pelo Indicador Diário Paulínia fechou em baixa pelo terceiro dia consecutivo. Ontem, o biocombustível foi negociado a R$ 2.968,50 o m³, contra R$ 2.984,00 o m³ praticado na quarta-feira, desvalorização de 0,52% no comparativo.