O mercado de feijão inicia a semana com uma perspectiva cautelosa, após produtores do Vale do Araguaia, em Goiás, decidirem armazenar suas colheitas recentes devido aos preços baixos, que giram em torno de R$ 250 a R$ 260. Embora essa estratégia tenha sido adotada, ainda não é possível determinar seu impacto nas cotações em outras regiões, já que a pressão de venda persistiu até o final da tarde de sexta-feira. Alguns produtores foram forçados a vender parte de sua colheita, o que resultou em concessões de preços.
Os produtores que optaram por armazenar o feijão acreditam que o mercado se valorizará até o final do ano, proporcionando um retorno mais compensatório. Essa visão é compartilhada também por agricultores do Noroeste de Minas e da região de Cristalina, em Goiás, que estão tentando estabilizar suas vendas. No entanto, a necessidade urgente de liquidez em alguns casos forçou a aceitação de preços mais baixos.
Além disso, o mercado observa uma significativa variação de preços entre os feijões de escurecimento rápido, como Pérola e Esteio, e aqueles de escurecimento lento. Os feijões de escurecimento rápido, colhidos recentemente, estão sendo negociados com uma diferença de preço de R$ 30 a R$ 40 a menos em comparação com os de escurecimento lento. Essa diferença reflete as preferências do mercado e as percepções sobre a qualidade dos produtos.
Fonte: portaldoagronegocio