De acordo com informações divulgadas por Marcelo Luders, presidente do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), os produtores de feijão do Paraná estão com medo de invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Além disso, ele falou também sobre a produção de feijão do país.
“Durante o último final de semana, mantive contato com agrônomos e produtores do interior do Paraná. Todos se lembram que, no Paraná, no início do mês de novembro, normalmente já tinha colheita de Feijão. Mas vimos que não houve colheita neste mês. O resumo das conversas foi o seguinte: o que plantou antes do frio e chuva, cerca de 20% foi gradeado e 20% não plantou, o que resultará em 30, talvez 40% a menos”, comenta o presidente do Ibrafe.
A falta de segurança que os produtores sentem tem bastante a ver com essa situação de mininuição do plantio da oleaginosa no Brasil. “Parte de tudo isso, destes 20% que não plantou, volto a insistir, deve-se ao fato de que os produtores não têm segurança”, disse ele.
“Se eu planto soja ou milho, a multi que está comigo no contrato vai ajudar a defender o produto. Mas se eu tiver plantado Feijão e os MST da vida invadem, eu estou sozinho para me defender. Daí sou eu, Deus e chumbo”, afirmou um produtor que pediu para não ser identificado.
Com isso, o presidente do Ibrafe afirma que é bem possível que o preço dos produtos nos supermercados tenha um aumento nos próximos dias, afetando também o consumidor final. “Então, não é somente questão de preço. Muitos estão atentos que, lógico que com pouco Feijão, o preço vai subir na gôndola”, conclui.
