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Agronegócio

Produtividade no plantio de milho deve aumentar 16% na nova safra

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Produtividade no plantio de milho deve aumentar 16% na nova safra

Além de base para alimento humano, o cereal se tornou matéria prima importante para a produção de etanol e também de novas fontes de alimento para animais, como é o caso do DDG, produto derivado do processamento de milho na produção do etanol.

Somando-se as três safras, o país tem estimativa de colheita de 126,94 milhões de toneladas de milho, 12,5% a mais que na temporada passada, de acordo com o levantamento divulgado em outubro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Boa parte desse ganho se concentra na segunda safra, na região centro Sul, que passou a ser a maior em volume. Se na primeira safra o país deve colher 28,69 milhões de toneladas, aquela que já foi considerada a safra (safra de inverno) deve alcançar este ano 96,27 milhões de toneladas. As duas safras de milho devem crescer acima de 10% em volume se o clima não atrapalhar como no ano passado. A produtividade na primeira safra (a mais afetada) pode crescer 16,4%, mesmo com uma queda de 1,5% na área plantada.

Para se ter uma ideia, a área semeada com milho no centro Sul (safra e safrinha) saiu de 12 milhões de hectares para 18 milhões entre as safras de 2012 e 2022. Esse crescimento é resultado da demanda por milho no país e no mundo. Os cálculos da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) indicam que existe uma demanda global de 1,2 bilhão de toneladas de milho ante uma produção de 1,18 milhão de toneladas, diz o diretor-executivo Glauber Silveira.

Diante dessa situação, deve seguir firme o preço do cereal já que nos Estados Unidos, apontou o Departamento de Agricultura (USDA), a safra deverá ficar em 354,19 milhões de toneladas (-2,89%), resultado do clima adverso. Some-se a isso a guerra na Ucrânia que reduz a oferta daquele país, importante no abastecimento da Europa. O preço do milho segue firme na casa dos R$ 85 a saca ante um custo de produção de R$ 74, segundo dados da Conab, o que garante uma margem atrativa.

Apesar da produtividade estar crescendo nos últimos anos no Brasil (ela saiu de 4,8 kg/ha em 2012 para 5,6 kg/ha no último levantamento da Conab), é preciso investir mais nesse campo, diz Silveira. Os produtores, especialmente os que estão incorporando novas áreas no Centro Oeste e no Matopiba, precisam olhar para correção do perfil do solo, fixação de nitrogênio e no plantio direto para garantir boa produtividade e poderem se manter no negócio.

Fonte: portaldoagronegocio

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