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Nos últimos dois anos, a utilização de sementes certificadas na produção de feijão praticamente dobrou nos principais polos agrícolas do país. Esse crescimento, conforme dados do Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE), está intimamente ligado à busca por maior qualidade genética, um fator essencial para o sucesso das colheitas. No Paraná, por exemplo, a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (SEAB) projeta que o custo por saca de feijão na próxima safra será de R$ 184,00, considerando uma produtividade de 30 sacas por hectare — valor que reflete a realidade de produtores que calculam detalhadamente seus custos.
A produção de feijão, segundo especialistas, depende principalmente de três pilares: a genética das sementes, as condições climáticas e o manejo adequado. Nos últimos anos, o uso de sementes certificadas, antes menos frequente, se intensificou com a saída de empresas que não seguiam boas práticas e o fortalecimento das sementeiras de renome. Essas empresas têm investido significativamente em tecnologia, infraestrutura laboratorial e estratégias de marketing para ampliar sua participação no mercado. A cada nova safra, melhorias genéticas são incorporadas, como maior resistência à seca, o que aumenta a adesão dos produtores à utilização de sementes de alta qualidade.
Embora o clima seja um fator incontrolável, o acesso a consultorias especializadas e previsões meteorológicas mais precisas tem ajudado os agricultores a minimizar riscos e tomar decisões estratégicas. No que diz respeito ao manejo, práticas como a utilização de cobertura morta, adubação verde e a preservação da saúde do solo têm se mostrado fundamentais para garantir a retenção de umidade e a qualidade do solo, aumentando as chances de uma colheita bem-sucedida.
No mercado, as negociações seguem em ritmo mais lento, especialmente para feijões comerciais classificados com nota 8,5. Embora alguns produtores estejam pedindo até R$ 270 por saca, ainda não houve registros de vendas concretizadas à vista nesse valor.
Fonte: portaldoagronegocio