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Agronegócio

Produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil registra queda de 15,3% até o final de setembro

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A produção de açúcar na principal região produtora do Centro-Sul do Brasil deverá totalizar 2,86 milhões de toneladas métricas na segunda quinzena de setembro, representando uma queda de 15,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A previsão é resultado de uma pesquisa realizada pela &P Global Commodity Insights com 26 analistas, divulgada no dia 9 de outubro.

Segundo Bianca Guimarães, analista da S&P Global Commodity Insights, a safra 2024/2025 enfrenta grandes desafios, especialmente nas estimativas quinzenais. “A pesquisa de referência para a segunda quinzena de setembro indica uma ampla variação de 8,7 milhões de toneladas para a moagem de cana, e o rendimento industrial em ATR alcançando 6 kg/t de cana”, afirmou. A analista também destacou que o mix de produção apresenta uma diferença de 2,3 pontos percentuais, com a produção de açúcar estimada em torno de 490.000 toneladas. Esses números evidenciam as dificuldades enfrentadas pelo setor, em parte causadas pela seca e pelos incêndios registrados entre agosto e setembro de 2024.

A estimativa para a moagem de cana variou entre 36,0 milhões e 44,7 milhões de toneladas, com uma média de 39,88 milhões de toneladas, o que representaria uma redução de 11,3% em comparação ao ano anterior. O Açúcar Total Recuperável (ATR) por tonelada de cana deve alcançar 158,10 kg/t, um aumento de 2,5% em relação a 2023.

Em termos de mix de produção, espera-se que 47,63% da cana seja direcionada para a produção de açúcar, abaixo dos 51,10% registrados no mesmo período do ano anterior. A pesquisa também revelou uma diferença nas estimativas entre produtores e não produtores de açúcar. Enquanto os produtores preveem uma moagem de 40,4 milhões de toneladas, os não produtores estimam 39,5 milhões. Já o ATR manteve-se relativamente estável em 158,2 kg/t para ambos, resultando em uma produção de açúcar de 2,91 kg/t para produtores e 2,83 kg/t para não produtores.

Em termos de , a Platts, parte da S&P Global Commodity Insights, avaliou o preço físico à vista do etanol hidratado (convertido para açúcar bruto equivalente) em 14,32 centavos de dólar por libra-peso no dia 9 de outubro. No mesmo dia, o contrato futuro de açúcar na bolsa de Nova York (NY11), com vencimento em março, foi negociado a 22,04 centavos por libra-peso, com um prêmio de 7,72 centavos sobre o preço do etanol hidratado.

No que diz respeito ao etanol, a produção total de etanol de cana-de-açúcar e milho foi estimada em 2,28 bilhões de litros, um aumento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2023. A produção de etanol hidratado deverá atingir 1,47 bilhão de litros, registrando uma alta de 5,6% ano a ano. Já a produção de etanol anidro é estimada em 806 milhões de litros, uma queda de 3,2% em comparação ao ano anterior.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) deverá divulgar seus dados oficiais de produção nos próximos dias, confirmando ou ajustando essas estimativas.

Fonte: portaldoagronegocio

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