O diretor comercial e industrial do grupo BTZ, Thiago Costa, explica que a empresa visualizou o potencial desse mercado e, em 2006, obteve a certificação halal, que tornou o Grupo BTZ apto para essa exportação.
Hoje o grupo possui quatro unidades de aves, sendo duas delas já certificadas e uma terceira em processo de certificação. “Temos perspectiva de também certificar a planta de industrializados para exportar salsichas de frango e nuggets e a unidade de bovinos”, adianta Thiago.
Importante ressaltar algumas particularidades para exportação a esses mercados. O diretor destaca que o produto embarcado para outros países, em geral, é composto por cortes e frango desossado e esses são os produtos exportados ao Oriente Médio. “Além disso, há outras especificidades, dentre elas, as aves que serão destinadas à Arábia Saudita devem ser alimentadas com ração composta exclusivamente por ingredientes vegetais”, explica.
Mercado halal
Os embarques de frango halal do Brasil têm acumulado resultados positivos. Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal,) no total, as exportações brasileiras de carne de frango nos nove meses de 2022 foram de 3,666 milhões de toneladas, crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período de 2021. Um desses destinos com aumento nos embarques foi o Kuwait, que registrou aumento de 40,6% em receita, de janeiro a setembro de 2022, quando comparado a 2021. Em volume, esse aumento foi de 12,4% no período.
“O potencial para as empresas brasileiras nas exportações de carne de frango é enorme. Apesar de sermos o maior exportador de proteína halal do mundo, a demanda nesses países é grande e tende a crescer – a previsão para o mercado halal é atingir US$ 5,74 trilhões até 2024. Com a confiabilidade que o Brasil conquistou junto ao consumidor muçulmano, as empresas podem ter muitas oportunidades de conquistar e crescer neste mercado”, explica o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad M. Saifi.
Fonte: portaldoagronegocio