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Agronegócio

Preços do Etanol em Queda: Oferta Cresce e Expectativa de Redução da Gasolina

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O relató Agro Mensal de setembro, publicado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, revela as recentes dinâmicas do mercado de etanol e atualiza as para as principais commodities agrícolas.

Em Paulínia, SP, o preço do etanol hidratado encerrou agosto a R$ 2,65 por litro, sem impostos, marcando uma redução de 4% no mês. No início de setembro, o valor caiu mais 3,4%, situando-se em R$ 2,55 por litro. Essa queda é reflexo tanto do aumento nas expectativas de produção quanto da possibilidade de redução dos preços da gasolina pela Petrobras, uma vez que há espaço para ajustes, conforme a de paridade de importação.

A revisão das estimativas de produção de etanol, tanto de milho quanto de -de-, aponta para um aumento significativo. Para a safra 2024/25 (de abril de 2024 a março de 2025), a produção de etanol de milho está projetada em 7,8 bilhões de litros, conforme detalhado no relatório “Etanol de Milho”. Já a estimativa de produção de etanol de cana aumentou para 25,8 bilhões de litros, devido ao maior percentual de etanol na produção das usinas. Assim, a produção total no Centro-Sul do Brasil foi revista para 33,7 bilhões de litros, 1,4 bilhões de litros a mais do que a previsão anterior.

Do ponto de vista da demanda, a estimativa de consumo doméstico foi elevada em 1,9 bilhões de litros, alcançando 32,1 bilhões de litros, impulsionada pelas fortes vendas de etanol hidratado carburante. As vendas implícitas de Ciclo Otto mostram um crescimento superior a 5% em relação ao mesmo período do ano passado, com uma estimativa anual indicando um crescimento de 3% para o Ciclo Otto. Com preços internos elevados, as exportações estão mais fracas comparadas ao ano anterior, levando a uma redução na estimativa anual de exportações em 0,5 bilhões de litros, totalizando 2,3 bilhões de litros.

Apesar do aumento nas vendas domésticas, o mercado de etanol ainda enfrenta desafios na entressafra. A previsão é de que a paridade entre o etanol hidratado e a gasolina nas bombas, no , precise ficar acima de 70% a partir de novembro de 2024. Como ilustrado no gráfico, espera-se que as vendas caiam abaixo de 1,5 bilhões de litros no final do ano. Essa redução na demanda só ocorrerá com o aumento dos preços relativos do etanol na bomba. No entanto, se os preços da gasolina diminuírem, o etanol poderá também sofrer uma queda nominal, apesar de sua valorização relativa.

Fonte: portaldoagronegocio

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