A semana foi marcada por uma elevação nos preços da arroba do boi gordo em várias regiões do Brasil, refletindo uma demanda aquecida por parte dos frigoríficos. De acordo com Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, os negócios estão registrando valores acima da média de referência em diversos estados. “O ambiente de negócios sugere a continuidade da alta no curto prazo”, afirma Iglesias.
No entanto, a perspectiva de uma quantidade considerável de animais confinados ingressando no mercado pode limitar o potencial de aumento mais acentuado nos preços da arroba, uma vez que muitos contratos a termo foram firmados nesta temporada. “Isso pode proporcionar alívio nas escalas de abate dos frigoríficos de maior porte”, complementa o analista.
No dia 8 de agosto, os preços da arroba do boi gordo a prazo nas principais praças de comercialização do país estavam assim:
- São Paulo (Capital): R$ 233,00, com um aumento de 0,43% em relação aos R$ 232,00 da semana anterior.
- Goiás (Goiânia): R$ 230,00, representando uma alta de 2,22% em comparação aos R$ 225,00 registrados na semana passada.
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 223,00, inalterado frente à semana anterior.
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 236,00, com valorização de 2,61% sobre os R$ 230,00 da semana anterior.
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 212,00, aumento de 0,95% em relação aos R$ 210,00 da semana passada.
- Rondônia (Vilhena): R$ 188,00, mantendo o mesmo valor da semana anterior.
No mercado atacadista, os preços também avançaram durante a semana, alinhando-se às expectativas de demanda relacionadas ao Dia dos Pais. A tendência é de que essa elevação persista no curto prazo, especialmente nos cortes do traseiro bovino.
Os cortes do dianteiro do boi fecharam a semana cotados a R$ 13,35 por quilo, registrando um aumento de 2,69% em relação aos R$ 13,00 da semana anterior. Já o quarto traseiro do boi subiu 1,18% na semana, passando de R$ 17,00 para R$ 17,20 por quilo.
No setor de exportações, o Brasil gerou US$ 1,046 bilhão com a venda de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada em julho (em 23 dias úteis), com uma média diária de US$ 45,482 milhões. O volume total exportado alcançou 237,267 mil toneladas, com uma média diária de 10,316 mil toneladas. O preço médio por tonelada foi de US$ 4.408,90.
Comparado a julho de 2023, houve um aumento de 37,2% no valor médio diário da exportação e um crescimento de 47,6% na quantidade média diária exportada, embora o preço médio tenha registrado uma desvalorização de 7%. Esses dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: portaldoagronegocio