Os preços ao produtor no Brasil registraram uma alta de 1,23% em novembro, refletindo a pressão exercida pelos preços dos alimentos, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este aumento elevou o índice acumulado em 12 meses para 7,59%, o maior valor desde setembro de 2022, embora ainda abaixo do pico de 9,84% observado naquele mês. Em outubro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia mostrado uma variação de 0,97%.
Setor de Alimentos se Destaca no Resultado de Novembro
Entre as 24 atividades analisadas pelo IBGE, 18 apresentaram variações positivas de preço em relação ao mês anterior. O setor de alimentos foi o principal responsável pelo desempenho geral em novembro, contribuindo com 0,53 ponto percentual para a alta do índice, com um crescimento de 2,09%. Este foi o oitavo mês consecutivo de valorização nesse segmento.
Alexandre Brandão, gerente do IPP, destacou que a desvalorização do real é um dos fatores que tem impulsionado os preços, mas também mencionou questões climáticas, tanto internas quanto externas, como a produção de café no Vietnã, que foi afetada ao longo do ano. O aquecimento da demanda, impulsionado pela melhoria do mercado de trabalho, também tem sido um fator importante nesse cenário.
Outros Setores e Produtos Influenciam o Aumento dos Preços
Outras indústrias que também tiveram grande influência no aumento de preços de novembro incluem a metalurgia (contribuição de 0,24 ponto percentual), as indústrias extrativas (0,09 p.p.) e o refino de petróleo e biocombustíveis (0,09 p.p.). Em termos de variação, os destaques foram a metalurgia, com uma alta de 3,62%, seguida por outros equipamentos de transporte (2,74%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,56%) e fumo (2,41%).
O IPP, indicador utilizado pelo IBGE, mede as variações dos preços de produtos na “porta da fábrica”, ou seja, sem a inclusão de impostos e frete, em 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.
Fonte: portaldoagronegocio