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Agronegócio

Pouco conhecida, síndrome do intestino hemorrágico prejudica vacas leiteiras e pode levá-las à morte

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Ainda mais preocupante é que 79,3% das vacas acometidas pela enfermidade são retiradas do rebanho por morte ou descarte. “Ainda pouco conhecida no Brasil, a síndrome é bastante perigosa e tem potencial para causar sérios prejuízos em uma propriedade leiteira”, alerta a zootecnista Vanessa Carvalho, gerente de produtos e serviços técnicos para bovinos de leite da Phibro Saúde Animal.

“Esse problema é caracterizado principalmente por hemorragia aguda no jejuno, a parte intermediária do intestino delgado, que pode subsequentemente levar à formação de coágulos sanguíneos intraluminais e obstrução. Como consequência, os animais apresentam diferentes sintomas, como depressão, estase – ou impotência – ruminal, diminuição repentina da produção de leite, queda no consumo, cólicas, desidratação, fezes escuras ou com presença de sangue coagulado e morte”, informa Vanessa Carvalho. 

Doutora em nutrição de ruminantes pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), Vanessa explica que a HBS é uma enfermidade ainda pouco diagnosticada no Brasil, apesar de presente em fazendas, e, justamente por isso, causa prejuízos em razão da queda repentina no leite e das baixas taxas de recuperação e de cura, levando grande parte dos animais a morte. 

Para entender se existem animais sendo acometidos pela síndrome e se vacas podem estar morrendo, a necropsia é fundamental para entender os achados e associar com os sintomas característicos da doença. 

“Os achados indicam que a síndrome do intestino hemorrágico pode estar relacionada à presença de bactérias, fungos e toxinas. Mais recentemente, alguns estudiosos vêm associando o fungo Aspergillus fumigatus ao principal causador da síndrome, uma vez que seu DNA é encontrado, frequentemente, em sangue e tecidos de vacas diagnosticadas com HBS. O Aspergillus fumigatus pode ser encontrado em forragens e ingredientes de rações. Para os pesquisadores, há duas principais hipóteses: o fungo contribui para as lesões intestinais e prejudica o sistema imunológico da vaca”, informa Vanessa Carvalho. 

A síndrome pode atingir vacas em qualquer fase e ordem de lactação. No entanto, a maior taxa de ocorrência parece acontecer em animais de segunda lactação ou mais, vacas que estão no pico de lactação, mas podendo também ser diagnosticada em vacas com DEL (dias em lactação) entre 100 a 120. Rebanhos que tem maior produção, com maior ingestão de concentrado, também parecem ter maior incidência. Além disso, animais imunossuprimidos, também podem ser um denominador comum para maior ocorrência. 

A síndrome foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1990. Estudo feito em 2009 revelou que o diagnóstico precoce ajuda a obter melhores taxas de sobrevivência, quando seguido de cirurgia com massagem manual do coágulo sanguíneo. Ainda assim, há risco de 39% de que a doença volte após os primeiros 12 meses. 

“Diante da complexidade desse cenário, é preciso recorrer à prevenção. Além do manejo adequado, dieta balanceada, alimentos bem conservados, algumas soluções nutricionais podem auxiliar na melhoria da resposta imunológica dos animais, com a qual o rebanho responde com mais eficácia a agentes infecciosos em momentos de estresse. E esses momentos são muitos e variados, como o aparentemente ‘simples’ aumento de temperaturas no verão”, diz a especialista. 

Estudos e relatos de campo, mostraram que a alimentação com OmniGen AF, especialidade nutricional produzida pela Phibro Saúde Animal, suporta os mediadores de saúde e ajuda a retardar o crescimento do Aspergillus fumigatus, o que contribui para reduzir a incidência da síndrome do intestino hemorrágico. 

Para mais informações, acesse: www.pahc.com/brasil.

Fonte: portaldoagronegocio

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