Na América Latina e no Caribe (ALC) é necessário assegurar um maior investimento em pesquisa e estabelecer políticas públicas que possibilitem o pleno desenvolvimento da indústria de combustíveis sustentáveis de aviação, para que a região possa aproveitar o seu potencial e ser líder mundial na produção dessas energias limpas, graças à alta capacidade de sua agricultura para abastecer com as matérias-primas necessárias para isso.
No âmbito da Conferência sobre Combustíveis e Meio ambiente da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), realizada no Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) como parte da Cúpula Pan-Americana de Biocombustíveis Líquidos, o Diretor Executivo e CEO da ALTA, José Ricardo Botelho, afirmou que há grande parte dos insumos necessários para elaborar combustíveis sustentáveis de aviação (biojet) nos países do hemisfério.
Entre essas matérias-primas estão os óleos e as gorduras, os açúcares e amidos e o material lignocelulósico, para as quais o setor agropecuário pode desempenhar um papel de protagonista como fornecedor.
“O papel que o setor agrícola tem nesse processo é extremamente importante”, disse Botelho. “A região tem a grande maioria dos insumos, mas não temos políticas públicas estabelecidas, e esse é o momento de estabelecê-las de maneira técnica, que possa desenvolver a indústria e trazer os investimentos adequados”, acrescentou o executivo da ALTA.
Participou da abertura da conferência o Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, que destacou que “o Instituto está pronto para construir pontes com a indústria de aviação regional e promover a inovação nessa área, onde a agricultura das Américas tem um grande potencial”.
Botelho opinou de forma semelhante: “Para continuar avançando nos ambiciosos objetivos propostos, a coordenação de esforços entre os setores público e privado é fundamental. A América Latina e o Caribe têm condições de liderar a produção de combustíveis sustentáveis de aviação em todo o planeta”.
- A entrevista completa com o CEO da ALTA pode ser vista neste link.
Fonte: portaldoagronegocio