O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (27/4) que a linha mestre do Plano Safra 2023/24 será o Programa ABC+, que incentiva a agropecuária de baixa emissão de carbono. Ele destacou que a intenção é premiar agricultores e pecuaristas que aplicam boas práticas de produção, mas não haverá restrição de crédito para quem produz na legalidade.
“A linha mestre do Plano Safra, todo ele será ABC+, mas isso não significa levar aos produtores mais alguma obrigação de fazer alguma coisa além do que já faz para ter acesso ao crédito”, disse a jornalistas.
“Vamos dar essa característica do Plano Safra e premiar os produtores que têm boas práticas. Vamos conseguir demonstrar que a maioria dos produtores tem boas práticas sociais e ambientais, será a nova roupagem do Plano Safra”, completou.
Fávaro explicou que a “régua de acesso” ao crédito começará com a legalidade da produção. “A régua começa naquilo que a imensa maioria já faz, só tira do acesso aquele que cometeu ilegalidade, quem desmata sem licença. A linha de corte é essa. Se o produtor tem CAR [Cadastro Ambiental Rural], já tem boa prática, ou faz plantio direto. Vai aumentando o benefício à medida que tem boas práticas”, explicou. “Não vamos restringir nenhum produtor que produz dentro da legalidade”, garantiu.
Recursos
O ministro disse também que está brigando por mais recursos para o Plano Safra 2023/24, a equalização de taxas de juros mais competitivas e políticas que atendam às regionalidades.
“Temos a necessidade de ampliar o Plano Safra, pois os custos subiram sensivelmente”, apontou. “E a tentativa de reduzir juros. A taxa básica de juros está muito alta, tira a competitividade dos setores. O plano tem a missão de equalizar juros mais barato”, completou.
Nessa quinta-feira, o ministro se reuniu com a direção da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A entidade pediu R$ 403,88 bilhões de volume disponível para financiamentos e R$ 25 bilhões de orçamento para equalizar os juros, e ainda pediu a garantia de que não haja interrupção no acesso às linhas.
Fonte: portaldoagronegocio