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Agronegócio

Plano Nacional de Identificação de Bovinos e Búfalos: Proteção Reforçada pelo Adapar

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Arnaldo Alves

O lançamento do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), promovido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), promete fortalecer ainda mais a proteção do rebanho no Paraná, de acordo com o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins. O plano, que vigorará entre 2025 e 2032, visa qualificar e aprimorar a rastreabilidade do rebanho, implementando um sistema de identificação individual dos animais, o que permitirá o acompanhamento detalhado do histórico, localização e trajetória de cada um.

Martins destaca que o objetivo do plano é fortalecer os programas de saúde animal, melhorar a resposta a surtos epidemiológicos e reforçar o compromisso do Brasil com os requisitos sanitários exigidos pelos mercados internacionais. “Para o Paraná, que já conta com um sistema robusto de defesa agropecuária, essa é uma grande oportunidade de ampliar ainda mais a proteção do rebanho”, afirmou o presidente da Adapar.

O plano foi desenvolvido com a participação de técnicos do governo federal, empresas certificadoras e representantes de órgãos agropecuários, e tem como premissa a rastreabilidade individual dos bovinos, substituindo o atual sistema de rastreabilidade por lotes, realizado por meio da Guia de Trânsito Animal (GTA). Martins ressalta que a rastreabilidade individual é uma exigência crescente tanto dos compradores quanto dos consumidores, que buscam cada vez mais garantir a qualidade dos produtos.

Além de atender às demandas do mercado, o sistema de rastreabilidade permitirá um controle mais eficaz do rebanho, oferecendo maior segurança quanto à origem dos animais, especialmente aqueles que chegam de outros estados.

Implantação e Expectativas no Paraná

Com a divulgação do PNIB, o Paraná iniciará discussões mais aprofundadas sobre a aplicabilidade do plano, principalmente no que diz respeito ao Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Paraná (Fundepec), que reúne órgãos governamentais e representantes do setor agropecuário local. O cronograma prevê que, nos primeiros dois anos, será estruturado todo o sistema, com a elaboração de portarias, resoluções e a formação de um banco de dados nacional. Durante esse período, os estados terão tempo para organizar seus sistemas baseados no modelo nacional.

A partir de 2027, a identificação individual dos animais começará com os nascidos a partir daquela data, sendo que os outros animais serão identificados durante períodos de vacinação ou manejo sanitário, com a meta de que todos os bovinos e búfalos sejam identificados até 2032.

Martins observa que, devido à quantidade reduzida de cabeças por propriedade no Paraná, é possível que o estado antecipe os prazos, uma vez que a rastreabilidade já é uma exigência de países importadores de carne suína, como Japão, Coreia do Sul e China. “O Paraná, sendo um estado livre de febre aftosa sem vacinação, busca expandir seus mercados para proteínas animais de maior valor, que exigem mais rigor em termos sanitários”, concluiu.

Fonte: portaldoagronegocio

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