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Agronegócio

Planalto Bioenergia investe R$ 1,8 bilhão em usinas de etanol de milho em Goiás: Impulsionando a produção de biocombustíveis no Brasil

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Após quase três anos de estudos, a Planalto Bioenergia, uma empresa formada por grandes produtores rurais do Mato Grosso, confirmou a construção de duas usinas de etanol de milho no estado de Goiás. Os projetos, que demandarão um total de R$ 1,8 bilhão, serão desenvolvidos nos municípios de Formosa e Cristalina, importantes polos de produção de grãos. A expectativa é que as usinas entrem em operação em 2026, segundo Paulo Sérgio Rangel Filho, executivo responsável pelo empreendimento.

Engenheiro elétrico por formação, Rangel tem uma longa trajetória no agronegócio, com foco no setor de etanol de milho. Ele liderou projetos de destaque ao longo da última década, incluindo a implantação de uma das primeiras usinas desse biocombustível em Nova Mutum (MT). Agora, como da Planalto Bioenergia, ele está à frente da construção das duas plantas em Goiás, que já possuem licenças prévias e aguardam a liberação definitiva para o início das obras, previsto para 2025.

Usinas de etanol de milho com foco na produção e inovação tecnológica

As novas unidades terão capacidade inicial para processar 1,5 mil toneladas de milho por dia, com produção anual estimada em 200 milhões de litros de etanol e 140 mil toneladas de DDG, um subproduto valioso utilizado na nutrição animal. Além disso, as usinas deverão gerar 9 mil toneladas de óleo de milho por ano e 36,8 gigawatts-hora de energia.

Rangel destacou que o projeto já foi concebido com possibilidade de expansão. “As usinas poderão dobrar sua produção em poucos anos, e também estamos adotando tecnologias que permitem a moagem de sorgo, um grão que vem ganhando espaço nas lavouras brasileiras”, explicou o executivo. Ele ressaltou que, embora o milho seja o foco inicial, o sorgo pode se tornar uma opção estratégica no futuro.

Localização estratégica e incentivos fiscais impulsionam o projeto

A escolha de Formosa e Cristalina como localidades para as usinas levou em consideração a oferta abundante de grãos e biomassa, além dos incentivos fiscais oferecidos pelo governo estadual. “Goiás é um estado moderno em termos de incentivos para a cadeia de biocombustíveis, o que foi crucial para a decisão de instalação das plantas”, afirmou Rangel. Ele também destacou a localização estratégica dos municípios, com fácil acesso às rotas de exportação pelo Norte e Nordeste, além de proximidade com o mercado consumidor do Sudeste.

Antes mesmo do início das obras, a Planalto Bioenergia deve concentrar esforços na construção de unidades de armazenagem, fundamentais para garantir o abastecimento de grãos quando a operação começar. Paralelamente, a empresa está estruturando o financiamento do projeto, com negociações avançadas para obter garantias e seguros necessários.

Perspectivas futuras e o papel do etanol de milho no Combustível do Futuro

O plano de negócios da Planalto Bioenergia contempla a diversificação das receitas com a comercialização de DDG e óleo de milho, que têm compensado as oscilações no preço do etanol. Rangel enxerga o futuro do setor com otimismo, especialmente com a aprovação da lei “Combustível do Futuro”, que incentiva a produção de biocombustíveis sustentáveis.

A empresa também está atenta às oportunidades no mercado de combustível sustentável para aviação (SAF), com a possibilidade de fornecer etanol de baixo carbono para esse segmento. Um diferencial da Planalto será a adoção de energia fotovoltaica no processo produtivo, utilizando a tecnologia CSP (Concentrated Power), que reduz a pegada de carbono ao substituir parte da biomassa utilizada na geração de energia. Essa tecnologia, amplamente usada em países como Estados Unidos, Espanha e China, será pioneira no Brasil, inserindo a Planalto na vanguarda da inovação no setor de biocombustíveis.

Com esses avanços, a Planalto Bioenergia se posiciona para contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento do mercado de etanol de milho no Brasil, alinhada às tendências globais de sustentabilidade e inovação.

Fonte: portaldoagronegocio

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