No primeiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 0,8% em comparação ao quarto trimestre de 2023, ajustado sazonalmente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os principais destaques foram os setores de Serviços, que cresceram 1,4%, e Agropecuária, com um impressionante aumento de 11,3%. A Indústria, por sua vez, permaneceu praticamente estável, com uma leve queda de 0,1%.
O PIB no primeiro trimestre de 2024 alcançou R$ 2,7 trilhões, com R$ 2,4 trilhões provenientes do Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões dos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. No mesmo período, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023, enquanto a taxa de poupança caiu de 17,5% para 16,2%.
Comparado ao primeiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 2,5%. A Indústria avançou 2,8% e os Serviços 3,0%, enquanto a Agropecuária recuou 3,0%.
Desempenho Setorial
No setor industrial, houve quedas em Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (-1,6%), Construção (-0,5%) e Indústrias Extrativas (-0,4%). No entanto, a Indústria de Transformação teve um crescimento positivo de 0,7%.
O setor de Serviços registrou crescimento em Comércio (3,0%), Informação e comunicação (2,1%), Outras atividades de serviços (1,6%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Transporte, armazenagem e correio (0,5%). Houve estabilidade em Intermediação financeira e seguros (0,0%) e uma leve queda em Administração, saúde e educação pública (-0,1%).
Ótica da Despesa
Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias aumentou 1,5% e a Formação Bruta de Capital Fixo 4,1%. A Despesa de Consumo do Governo manteve-se estável (0,0%). No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram uma leve alta de 0,2%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram significativamente, com um aumento de 6,5%.
Comparação Anual
Em comparação ao primeiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 2,5% no primeiro trimestre de 2024, com o Valor Adicionado a preços básicos subindo 2,3% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios aumentando 3,4%.
Impactos na Agropecuária
A Agropecuária apresentou um recuo de 3,0% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da contribuição positiva da Pecuária, produtos agrícolas como soja (-2,4%), milho (-11,7%), fumo (-9,6%) e mandioca (-2,2%) tiveram queda na produção e produtividade, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE).
Indústria e Serviços
A Indústria cresceu 2,8%, com destaque para Indústrias Extrativas (5,9%), Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (4,6%) e Construção (2,1%). A Indústria de Transformação cresceu 1,5%, impulsionada pela fabricação de produtos alimentícios e bebidas.
O setor de Serviços teve um crescimento de 3,0% em relação ao mesmo período de 2023, com todas as atividades apresentando alta, destacando-se Outras atividades de serviços (4,7%), Informação e comunicação (4,6%) e Atividades imobiliárias (3,9%).
Consumo e Investimento
A Despesa de Consumo das Famílias cresceu 4,4% e a Despesa de Consumo do Governo 2,6% em comparação ao primeiro trimestre de 2023. A Formação Bruta de Capital Fixo teve um avanço de 2,7%, após três quedas consecutivas, impulsionada pelo aumento das importações de bens de capital, desempenho positivo da construção e desenvolvimento de sistemas.
Comércio Exterior
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços aumentaram 6,5%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 10,2% no primeiro trimestre de 2024.
Crescimento Acumulado
O PIB acumulado nos quatro trimestres até março de 2024 cresceu 2,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Este crescimento foi resultado de um aumento de 2,6% no Valor Adicionado a preços básicos e 2,0% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. No período, a Agropecuária cresceu 6,4%, a Indústria 1,9% e os Serviços 2,3%, com destaque para Indústrias Extrativas (8,2%) e Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (5,9%).
Fonte: portaldoagronegocio