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Agronegócio

Perspectivas Positivas para a Suinocultura: Manutenção de Margens Elevadas em 2022

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O desempenho da suinocultura em agosto e na primeira quinzena de setembro continuou a registrar um aumento expressivo nos preços, o que elevou significativamente o spread da atividade, atingindo níveis históricos. A demanda externa permanece robusta, e o setor está a caminho de estabelecer um novo recorde anual de exportações.

Os custos da suinocultura subiram 0,5% em agosto, alcançando R$ 5,84/kg vivo. No entanto, os preços dos suínos superaram essa elevação, registrando um aumento de 9,4% em relação ao mês anterior. Com isso, o spread da suinocultura alcançou 39%, um patamar comparável ao pico observado durante o surto de peste suína africana na China em agosto-setembro de 2020. Para setembro, as expectativas são de um spread ainda mais elevado, superando R$ 300 por cabeça terminada, em comparação aos R$ 75 por cabeça de um ano atrás.

Embora o ritmo de produção seja relativamente moderado, as exportações continuam a surpreender. A produção de carne no primeiro semestre cresceu apenas 0,3%, e o primeiro trimestre de 2024 registrou uma queda de 0,4% em relação ao ano anterior, mas o segundo trimestre apresentou um crescimento de 1% sobre o mesmo período de 2023. As exportações em agosto continuaram a superar 100 mil toneladas in natura pelo segundo mês consecutivo, um aumento de 6% em relação a agosto de 2023. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a expansão foi de 4,8%, e os preços de exportação acumularam uma alta de 7% nos últimos três meses, elevando também o spread da exportação.

Entre os destinos externos, as Filipinas destacam-se com um crescimento anual de 78%, equivalente a 51 mil toneladas a mais, compensando parcialmente a redução das compras chinesas. A China enfrenta dificuldades no controle da peste suína africana, o que abre oportunidades para os exportadores brasileiros. Outros mercados também mostram bons desempenhos, incluindo Japão, Chile, Singapura e México.

Para os próximos meses, a expectativa é de que o cenário continue favorável à suinocultura, com a demanda interna se fortalecendo sazonalmente e o bom desempenho das exportações. O ciclo de produção do suíno, mais longo em comparação ao do frango, deve limitar uma aceleração rápida da produção, embora as atuais margens elevadas possam estimular algum crescimento.

A competitividade da carne suína no mercado doméstico está atualmente menor, comparada à carne de frango e às carcaças bovinas, devido aos preços elevados. No entanto, a possível continuidade da alta nos preços da carne bovina e a boa demanda por frango podem reduzir o apelo da carne suína do ponto de vista do consumidor final. A alta no consumo aparente de carne bovina não deve ser acompanhada por um aumento significativo na carne suína, sendo as exportações o principal motor do mercado. A firmeza nos preços reflete a ausência de excesso de produção de suínos.

Para a China, principal destino da carne suína brasileira, o USDA projetou em agosto uma redução de 2,2% na produção e consumo doméstico da proteína em 2025, devido à fraca demanda e ao estoque menor de animais para abate. A carne suína tem perdido preferência para outras proteínas, como frango, carne bovina e pescados, considerados mais saudáveis pelos consumidores chineses. As previsões para importações mantêm a estimativa de 1,5 milhão de toneladas para 2024.

Fonte: portaldoagronegocio

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