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Agronegócio

Percevejos na soja: impactos e ameaças à produção de grãos

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Wenderson Araujo

A safra de grãos 2024/25 está projetada para alcançar um recorde histórico de 322,4 milhões de toneladas, um aumento de 8,2% em relação ao ciclo anterior, conforme estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Caso a previsão se confirme, este será o maior volume de grãos já registrado no Brasil. No entanto, os produtores agrícolas enfrentam desafios significativos para garantir o sucesso dessa produção histórica. Entre os principais obstáculos, estão os problemas climáticos recorrentes e as pragas, como os percevejos da soja, que podem causar danos consideráveis à cultura.

De acordo com Hudslon Huben, gerente de Acesso ao Mercado e Efetividade da ORÍGEO, uma joint venture da Bunge e UPL, os percevejos da soja, especialmente no período crítico de final de enchimento das vagens e início do enchimento dos grãos, representam uma ameaça real à produtividade. “É fundamental que os agricultores estejam atentos a essas pragas, que podem comprometer seriamente a safra, impactando tanto a quantidade quanto a qualidade dos grãos produzidos”, alerta.

Segundo a Embrapa, a presença de apenas um percevejo por metro quadrado pode resultar em uma perda de até 56 kg de grãos por hectare em um período de 35 dias. A espécie mais comum encontrada na soja é o percevejo-marrom (Euchistus heros), mas nos últimos anos, o percevejo-barriga-verde (Diceraeus melacanthus) tem se proliferado, formando um complexo de pragas na cultura. Esses insetos estão presentes em todas as regiões produtoras do Brasil e têm o potencial de danificar até 30% da soja cultivada, prejudicando a qualidade das sementes e gerando perdas substanciais.

A ação dos percevejos pode provocar o abortamento de vagens e grãos, redução no tamanho, massa e teor de óleo dos grãos, diminuição do potencial de germinação e vigor das sementes, além de favorecer a transmissão de fungos responsáveis pela doença conhecida como soja louca, uma das mais danosas à produção.

Para combater essa ameaça, a ORÍGEO recomenda um monitoramento constante das lavouras desde o período de floração. Leandro Valerim, gerente de Inseticidas da UPL Brasil, explica que o monitoramento adequado envolve o uso de pano de batida para contabilizar a presença dos percevejos, separando adultos e ninfas na contagem. “A aplicação de inseticidas de alta performance, como o Feroce, da UPL, deve ser realizada durante a primeira janela de aplicação da soja (V8-R1), quando a densidade de percevejos atinge um por metro de fileira de plantas”, acrescenta.

Valerim destaca que o Feroce se caracteriza por um amplo espectro de ação e se demonstra uma solução eficaz contra diversos alvos da soja, além de outras culturas, como algodão, milho, batata e tomate. A tecnologia Blast Technology, desenvolvida nos laboratórios da UPL, confere ao produto alta performance no campo, proporcionando resultados consistentes para os produtores. “A escolha de produtos seletivos e de qualidade, juntamente com a aplicação correta, é essencial para o manejo eficaz dos percevejos, controlando uma praga que causa prejuízos substanciais à agricultura”, conclui o especialista.

Fonte: portaldoagronegocio

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