Em sua segunda previsão para o corrente exercício (a primeira foi feita em outubro de 2022), o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) sugere que a produção mundial de carne de frango em 2023 deve aumentar 1,8%, aproximando-se dos 103 milhões de toneladas. Dentro desse contexto, a produção brasileira deve crescer um pouco mais, podendo chegar aos 14,745 milhões de toneladas – um aumento de 3,1% em relação à produção apontada pelo órgão para 2022.
Nunca será demais lembrar que, nessa projeção, o USDA exclui a produção de pés/patas de frango, além de limitar seus números à carne in natura, exclusivamente. De toda forma, chama a atenção a indicação de que, em 2022, a produção brasileira recuou cerca de 0,7% em relação a 2021, resultado oposto às previsões internas (crescimento de até 1,5%, projetou a ABPA) ou mesmo externas (incremento de 064% nas estimativas da FAO).
Apesar, no entanto, da possível redução, em 2022 o Brasil voltou a ocupar a posição de segundo maior produtor mundial de carne de frango, posto que havia perdido para a China em 2021. Tende a manter o lugar em 2023, respondendo por 14,32% da produção total apontada pelo USDA.
Oportuno ressalvar que embora a tabela abaixo aponte as tendências de 10 países ou bloco de países (caso da União Europeia), ela não contém, efetivamente, os 10 maiores produtores mundiais. Pois em sua primeira previsão para 2023, o USDA não listou o país que, tudo indica, se encontra atualmente entre os cinco maiores produtores mundiais, após a União Europeia e à frente do México: a Rússia.
No relatório de outubro de 2023 o USDA fez menção à Rússia, indicando que sua produção de carne de frango em 2023 poderia chegar aos 4,850 milhões de toneladas, o que colocaria aquele país automaticamente à frente do México. Mas o governo russo não só afirma que já produziu 5,2 milhões de carne de frango no ano passado, como também promete ir além desse volume em 2023. A conferir.
Fonte: portaldoagronegocio