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Agronegócio

Oportunidades Promissoras no Mercado de Futuros para o Boi

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Diego Vargas

O mercado de boi gordo, após iniciar um processo de recuperação em junho, continuou a mostrar um desempenho positivo em agosto e na primeira quinzena de setembro, impulsionado por um aumento nas exportações e preços em alta. De acordo com o Agro Mensal de setembro, relató divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, o setor registrou avanços significativos, embora a oferta e os futuros ainda exijam atenção estratégica.

Durante o período mencionado, as escalas de abate diminuíram um pouco, refletindo uma moderação no envio de fêmeas para a indústria, que foi intenso no semestre do ano, e a severa seca que afetou a maior parte das regiões pecuárias brasileiras. Apesar disso, a demanda externa manteve-se robusta, e os preços das carcaças bovinas no mercado interno também apresentaram um crescimento acentuado desde o início de setembro.

Entre o início de agosto e 16 de setembro, o preço do boi em São Paulo subiu 8,8%, enquanto a carcaça casada no estado registrou uma alta de 13%. Recentemente, o boi tem sido negociado próximo a R$ 255/@. Esse favoreceu uma recuperação no spread da indústria no (MI), após dois meses de estabilidade.

Os dados mais recentes dos abates no Mato Grosso, referentes a agosto, embora recordes para o mês, mostraram uma redução na participação de fêmeas abatidas pelo terceiro mês consecutivo em comparação com o ano passado. O deságio da arroba da vaca também diminuiu, passando de -13% em agosto de 2023 para -9% em agosto de 2024, sinalizando uma moderação na oferta de fêmeas.

No que diz respeito às exportações, agosto estabeleceu um novo recorde histórico para o mês, com o envio de 217 mil toneladas in natura, um aumento de 17% em relação a agosto de 2023 e um crescimento acumulado de 30% no ano até a data. Entretanto, apesar do aumento significativo no volume exportado, o preço médio da carne permaneceu estável, e o spread das exportações mostrou uma leve acomodação.

Para o futuro, o cenário continua favorável, com uma forte demanda por exportações e uma recuperação dos preços das carcaças no mercado doméstico, o que pode impulsionar ainda mais o valor do boi a curto prazo. Contudo, é importante observar que há uma perspectiva de boa oferta de gado proveniente dos confinamentos, que geralmente ocorrem em outubro e novembro. Assim, o momento é oportuno para assegurar as margens das boiadas, minimizando riscos e garantindo resultados positivos.

Os futuros do boi também registraram uma alta significativa, com o contrato de novembro avançando R$ 10/@ desde o início de setembro, fechando próximo a R$ 264/@ em 16 de setembro. A expectativa é de um bom volume de gado a ser confinado até o final do ano, apoiado por margens favoráveis devido ao preço atraente do boi magro e da ração.

O levantamento de intenções de confinamento do IMEA, realizado em julho, indicou um aumento de 57% no volume a ser confinado no Mato Grosso em comparação com o total do ano passado. Com os custos da atividade já estabelecidos, as margens projetadas aumentaram consideravelmente, chegando a R$ 750/cabeça em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, e R$ 300/cabeça no Mato Grosso, onde o diferencial de bases é maior.

Além disso, a primeira estimativa do adido do USDA na China para 2025 prevê um leve declínio na produção local de carne bovina e um crescimento do consumo a um ritmo mais moderado. No entanto, as importações devem aumentar em 1,3%, totalizando 3,950 milhões de toneladas, o que é um positivo para o Brasil como fornecedor. No atacado chinês, os preços da carne pararam de cair, o que pode aliviar a pressão para uma redução nos preços de exportação do Brasil.

Fonte: portaldoagronegocio

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