A Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) informou que o protocolo fitossanitário necessário para viabilizar a exportação de sorgo brasileiro para a China está em fase final de elaboração. A expectativa é que esse processo seja concluído até novembro, coincidindo com a visita oficial do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil.
Antes disso, uma missão do Ministério da Agricultura brasileiro irá à China para discutir a abertura do mercado chinês para o sorgo. Além das negociações, o processo inclui uma etapa de avaliação sanitária, na qual delegações chinesas visitarão campos no Brasil para inspecionar as condições das plantações.
Paulo Bertolini, presidente da Abramilho, afirmou que a abertura de novos mercados é essencial para estimular o crescimento da produção de sorgo no Brasil. Atualmente, o país produz cerca de 5 milhões de toneladas do cereal. “Estamos trabalhando para aumentar a demanda pelo sorgo, o que deve impulsionar o preço e tornar a cultura mais atrativa para os produtores”, destacou Bertolini em comunicado.
O Brasil também tem avançado no uso industrial do sorgo, com a expansão de usinas de etanol que utilizam o grão na produção de biocombustível. Semelhante ao milho, o sorgo também é utilizado na fabricação de DDG (grãos secos de destilaria), um coproduto importante na alimentação animal.
Bertolini destacou ainda que o sorgo, por ser uma cultura mais resistente e menos exigente em termos de manejo, pode representar uma alternativa viável para muitos agricultores brasileiros. “Com a abertura de novos mercados, o sorgo pode se tornar uma opção mais interessante para o plantio”, explicou.
Daniel Rosa, diretor técnico da Abramilho, complementou mencionando que os estados de minas Gerais e Goiás lideram a produção de sorgo no Brasil, mas que há um grande potencial de expansão, especialmente no estado de Mato Grosso.
Fonte: portaldoagronegocio