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Agronegócio

OIA revisa estimativa de superávit global de açúcar para baixo

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Ontem, a Organização Internacional do Açúcar (OIA) cortou drasticamente sua estimativa para o superávit de açúcar na safra internacional 2022/23 (de outubro a setembro), de 4,15 milhões de toneladas previstas em fevereiro para apenas 850 mil toneladas agora. Com isso, a perspectiva é de um aperto na relação entre estoques finais e consumo global.

A forte redução na estimativa de excedente deve-se à percepção de menor produção na Europa, China, Tailândia e Índia. A produção global da commodity da temporada foi recalculada para 177,4 milhões de toneladas, na comparação com 180,4 milhões de toneladas em fevereiro.

Apenas a projeção para a produção da Índia foi reduzida em 1,5 milhão de toneladas. Agora, o cenário é de uma perda de 3,1 milhões de toneladas de açúcar em relação à safra passada, resultando numa safra de 32,8 milhões de toneladas. Na Tailândia, a projeção de produção nesta safra foi revisada para baixo em 1,3 milhão de toneladas, para 11 milhões de toneladas.

Números da OIA mostram que o aumento da oferta brasileira deverá dar conta do crescimento do consumo mundial

Enquanto a projeção de oferta de outros países fornecedores foi reduzida, a OIA voltou a elevar sua estimativa para a produção brasileira em quase 1 milhão de toneladas, para 41,9 milhões de toneladas. Agora, a perspectiva é que os brasileiros aumentem a produção em quase 10 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior.

Com isso, deve crescer também a participação do Brasil no mercado global de açúcar. Nesta safra, o país deve ficar com 45,7% das exportações globais, com um volume de 29,2 milhões de toneladas. Na projeção de fevereiro, a fatia projetada pela Organização Internacional do Açúcar era de 44,1%.

Por enquanto, o ritmo dos embarques não ganhou tração. Mas os números da OIA mostram que o aumento da oferta brasileira deverá dar conta do crescimento do consumo de açúcar no mundo. A organização elevou sua estimativa para o consumo global em 233 mil toneladas, para 176,5 milhões de toneladas.

As novas projeções motivaram uma retomada da sustentação dos preços do açúcar na bolsa de Nova York ontem, depois da pressão sofrida com as notícias de que a Petrobras deixaria de aplicar a paridade internacional no preço dos combustíveis. Ontem, os contratos para julho do demerara subiram 0,81%, a 25,99 centavos de dólar a libra-peso.

Fonte: portaldoagronegocio

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