No que tange ao ciclo 2022/23, o Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea) divulgou os primeiros números em relação à safra futura, com aumento na oferta e demanda do cereal produzido no estado.
De início, o novo relatório trouxe os números consolidados de produção para a safra 2021/22, em 43,84 milhões de toneladas, totalizando uma oferta de 43,85 milhões de toneladas do cereal mato-grossense, 34,63% superior ao que foi ofertado na temporada passada e 11,95% a mais que no último relatório referente a julho/22. Esse movimento se deu devido, principalmente, pelo aumento da área destinada ao cultivo do cereal, que foi consolidada em 7,47 milhões de hectares para a temporada 2021/22.
Em relação à demanda, dos 43,64 milhões de toneladas estimados, grande parte deve ser destinada às exportações que ficou em 26,90 milhões de toneladas, uma alta de 62,68% em relação ao ciclo passado e de 12,59% no comparativo com o último relatório. Cabe destacar que grande parte desse aumento se deve ao crescimento na demanda internacional pelo cereal, que tem incentivado a ampliação de área e produção no estado. Já o consumo MT está estimado em 11,96 milhões de toneladas, incremento de 9,04% em relação à safra passada, pautado pelo aumento na demanda estadual para a moagem do cereal pelas usinas de etanol. Para o consumo interestadual, a estimativa é de que sejam enviados 4,75 milhões de toneladas, apesar do incremento nessa nova revisão, o volume continua inferior em 5,94% em relação à safra passada, dado a perspectiva de maior oferta em outros estados para o ciclo 2021/22.
No que se refere a safra 2022/23, a primeira estimativa trouxe uma oferta 4,40% maior que o da safra atual, de 45,78 milhões de toneladas. O incremento neste volume se deu pelo crescimento na produção, pautado pelo aumento da área cultivada de milho e no rendimento médio estadual estimado em relação ao ciclo da 2021/22.
Pela ótica da demanda, as estimativas de envio para outros países é de 28,32 milhões de toneladas, 5,28% a mais que na safra atual. A perspectiva é de que as exportações continuem aquecidas para a próxima safra, em vista da redução na expectativa da produção mundial, sobretudo pela quebra produtiva dos EUA, maior produtor mundial. Em relação à demanda estadual, a projeção indica um aumento de 6,24% se comparado com a safra atual, em função da abertura e ampliação de usinas de etanol à base de milho no estado. Já o consumo interestadual ficou em 4,50 milhões de toneladas, próximo aos níveis estimados na temporada 2021/22.
Por fim, com a ampla produção, os estoques finais passam a ser estimados em 0,25 milhão de toneladas, 5,10% a mais que na safra atual.
