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Agronegócio

O impacto do custo da sanidade na suinocultura brasileira: principais discussões no 16º SBSS

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No cenário da suinocultura brasileira, que se destaca como um dos maiores produtores de carne suína globalmente, a gestão dos custos relacionados à sanidade dos rebanhos é crucial para maximizar a produtividade e manter a competitividade. O debate sobre este tema ganhou destaque na tarde de terça-feira (13) durante o 16º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), realizado no Centro de Eventos de Chapecó.

Desafios e Benefícios do Vazio Sanitário

A prática do vazio sanitário, período em que a granja permanece sem animais após uma limpeza completa, foi um dos ó centrais do painel. O médico veterinário Guilherme Marin explorou os efeitos desse intervalo sobre a biosseguridade e os desafios associados à sua implementação. Marin observou que, embora as pesquisas sobre o vazio sanitário frequentemente destaquem benefícios gerais, a falta de dados específicos torna difícil para as equipes técnicas justificar o investimento, considerando os custos com infraestrutura e logística.

A partir de sua pesquisa de mestrado, Marin apresentou dados de quatro anos observando lotes de creche e terminação em uma cooperativa de Santa Catarina. Na fase de creche, os resultados mostraram efeitos variados do vazio sanitário sobre a conversão alimentar, ganho de peso e mortalidade, com alguns casos indicando que o vazio não gerou diferenças significativas entre os lotes. No entanto, na fase de crescimento e terminação, Marin encontrou que um período de vazio sanitário de até oito dias reduziu a mortalidade, apresentando melhores resultados nos seguintes 20 dias.

Biosseguridade e Redução de Antimicrobianos

Marcelo destacou a crescente demanda do mercado por redução do uso de antimicrobianos e a necessidade de uma abordagem rigorosa à biosseguridade. Segundo Rocha, a diversidade das granjas e das condições de trabalho exige a implementação de melhorias contínuas na infraestrutura e capacitação. “A biosseguridade é um compromisso de longo prazo que requer a participação de todos os envolvidos, desde funcionários até proprietários e técnicos”, enfatizou Rocha, alertando para a importância da consistência nas práticas.

Perspectivas da Agroindústria sobre Sanidade

Valdecir Luiz Mauerwerk abordou o debate sobre se a sanidade deve ser encarada como custo ou investimento. Mauerwerk ressaltou a necessidade de ações proativas e bem planejadas para minimizar impactos negativos sobre as condenações e o desempenho dos animais. “Considerar a sanidade como um investimento é fundamental. analisar cuidadosamente os custos com medicamentos e , e implementar estratégias baseadas em diagnósticos precisos”, afirmou Mauerwerk.

O especialista concluiu que uma abordagem estratégica e bem fundamentada na gestão da sanidade pode evitar custos desnecessários e proteger os investimentos em toda a cadeia produtiva. “A sanidade é um pilar crucial da suinocultura. Sem um controle adequado, corremos o risco de comprometer todos os nossos investimentos”, finalizou Mauerwerk.

Feira e Exposições

Paralelamente ao simpósio, ocorre a 15ª Brasil Sul Pig Fair, que apresenta inovações em tecnologia, sanidade, nutrição e genética para suinocultura. A Granja do Futuro também está em exibição, simulando um ambiente de produção suína com tecnologias avançadas.

O 16º SBSS e a 13ª Brasil Sul Pig Fair serão realizados entre os dias 16 e 18 de agosto no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó (SC), com transmissão ao vivo online. A programação científica começará no dia 16, às 13h45, com a palestra de abertura às 18h30. As atividades prosseguirão no dia 17, das 8h às 17h, e finalizarão no dia 18, das 8h às 12h.

Fonte: portaldoagronegocio

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