A diferença de preço – que há pouco mais de 10 dias era de 80 centavos/quilo (Minas Gerais: R$6,60/kg; São Paulo: R$5,80/kg) – desapareceu totalmente: ontem (28), no sétimo e mais agudo recuo de preços registrado em menos de duas semanas, a cotação do frango vivo negociado em Minas Gerais voltou a igualar-se à registrada em São Paulo, fato que não ocorria há quase 150 dias, pois, desde maio passado, os preços locais sempre ficaram acima dos observados no interior paulista.
Por sinal, sofrendo redução de 30 centavos/quilo, a atual cotação mineira quase ficou aquém da registrada em São Paulo. Isso só não ocorreu porque também em São Paulo houve recuo de preço – no caso, de 10 centavos/quilo – e, assim, nas duas praças, os negócios foram firmados à base de R$5,50/kg, mas com relatos de vendas por valores ainda menores.
Em decorrência dos atuais retrocessos, o preço alcançado em São Paulo encontra-se 5,17% aquém do registrado há 30 dias, enquanto em Minas a queda chega a 16,67%. Pior, porém, é a situação em relação a setembro de 2021. Pois, frente a uma inflação oficial que acumula (pelo IPCA-15) aumento próximo de 8%, o produto paulista alcança valor 8,33% inferior ao de um ano atrás, enquanto em Minas a retração chega a 10,57%.
Detalhe: nos dois últimos meses (julho e agosto) o custo levantado pela Embrapa Suínos e Aves ficou em R$5,45/kg. Como, de lá para cá, não houve redução palpável no custo, a esta altura o produtor está pagando para produzir.
