As exportações de carne de frango dos EUA continuam negativas em relação ao ano anterior. Isso também aconteceu na crise de 2014/2015, quando parte do país se viu envolta por surtos de Influenza Aviária. Mas agora, tudo indica, é a firme demanda interna que impede exportações maiores. Ontem, por exemplo, na comemoração do Dia de Ação de Graças, foi o frango que supriu a carência enfrentada na oferta de perus.
No acumulado dos nove primeiros meses de 2022 os EUA exportaram pouco mais de 2,432 milhões de toneladas de carne de frango, volume 2% inferior ao registrado em idêntico período de 2021. Já nos últimos 12 meses o total exportado permanece próximo, mas ainda aquém de 3,3 milhões de toneladas, resultado quase 2,5% inferior ao de idêntico período anterior.
Observe-se, gráfico abaixo, à direita, que, permanecendo estável no bimestre agosto/setembro, o atual acumulado em 12 meses corresponde ao menor volume dos 24 meses ora analisados.
Mantida, no trimestre final de 2022, a média registrada nos primeiros nove meses do ano, as exportações norte-americanas do corrente exercício ficarão próximas dos 3,250 milhões de toneladas, ainda abaixo, portanto, do total exportado em 2020 e 2021 (pouco mais de 3,340 milhões de toneladas nos dois anos, segundo os dados do USDA).
Vale notar, de toda forma, que pelos padrões estatísticos adotados pelo USDA, tais resultados não incluem as exportações de pés/patas de frango, em relação às quais os EUA se tornaram o principal supridor do mercado chinês.
Nos sete primeiros meses de 2022, dados do próprio USDA revelam que o país exportou para a China 155 mil toneladas de pés/patas de frango, volume que correspondeu a 40% das importações chinesas para esse item. No mesmo período, ainda conforme o USDA, as exportações brasileiras desse item para a China ficaram pouco abaixo das 100 mil toneladas, 25% do volume total de pés/patas de frango importado pelos chineses.
Fonte: portaldoagronegocio
