Como, na terceira semana do mês, a média diária embarcada ficou aquém das 13 mil toneladas, contava-se com um total mensal não muito superior ao do mês anterior. Porém, na quarta e quinta semanas os embarques diários aumentaram quase 50% em relação à terceira semana, garantindo que o total exportado ficasse 5,7% e 13,6% acima dos registrados, respectivamente, no mês anterior e no mesmo mês de 2021.
Pena, somente, que a evolução no preço médio tenha sofrido forte desaceleração. Assim, depois de alcançar recorde histórico no mês de julho, em agosto passado o preço médio alcançado pelo produto in natura recuou mais de 6%, retrocedendo ao menor valor dos últimos 4 meses. Mas permaneceu acima dos US$2.000/tonelada, alcançando valor que significou aumento de 18,57% sobre agosto de 2021.
Graças a isso e à expansão no volume, a receita cambial do produto, da ordem de US$830 milhões, superou em mais de um terço (+34,71%) o valor registrado um ano atrás. Porém, em relação a julho passado sofreu ligeiro recuo (perto de 1% a menos), também correspondendo (como o preço médio) ao mais fraco resultado dos últimos 4 meses.
Tal desempenho, de toda forma, não interfere na receita cambial acumulada nos oito primeiros meses do ano, coincidentemente (como a receita mensal) mais de 34% superior à de idêntico período do ano passado e agora já próxima dos US$6 bilhões.
Por seu turno, o volume embarcado acaba de ultrapassar os 3 milhões de toneladas, volume que sinaliza embarque anual de 4,5 milhões de toneladas só de produto in natura, cerca de 6% a mais que o exportado no ano passado e, com certeza, novo recorde do setor.