Representantes da indústria de etanol de milho estão em missão comercial na Colômbia entre terça e quarta-feira, com o objetivo de prospectar negócios relacionados aos grãos secos de destilaria (DDG/DDGS), subprodutos do processamento do milho, ricos em proteínas. Este mercado foi aberto para a compra dos produtos brasileiros em setembro deste ano.
A missão é organizada pela união nacional do Etanol de Milho (Unem), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Embaixada do Brasil em Bogotá. A iniciativa começou a ser planejada logo após o anúncio da abertura do mercado colombiano, conforme explicou Andréa Veríssimo, diretora de relações internacionais e comunicação da Unem.
Até o momento, não houve uma prospecção formal no mercado colombiano, o que impede a Unem de estimar quanto o Brasil poderá exportar para o país nos próximos 12 meses. Desde a abertura do mercado, a Colômbia adquiriu 280 toneladas de DDG/DDGS do Brasil, totalizando um movimento financeiro de US$ 61,8 mil.
Segundo Clovis Serafini, adido agrícola na Colômbia, um dos setores promissores para a venda dos produtos brasileiros é o de alimentação para animais de estimação. As vendas nesse segmento devem movimentar R$ 7,3 bilhões até 2026. Ele destacou que, em média, os colombianos gastam R$ 175 por mês com seus pets, e o número de lares com cães é o dobro do número de lares com crianças.
Durante a missão, será realizado um seminário técnico voltado para representantes do setor de rações, além de rodadas de negócios entre empresas brasileiras e compradores colombianos. Participam da missão empresas como FS, Neomille (subsidiária da Cerradinho Bio) e São Martinho.
A Unem também informa que o crescimento na produção de etanol de milho tem ampliado a oferta de DDG, utilizado na nutrição de rebanhos comerciais e animais de estimação. Para 2024, estima-se que o Brasil produzirá 3,65 milhões de toneladas de DDG/DDGS, sendo que 70% desse volume será destinado ao mercado interno.
De janeiro a setembro deste ano, o Brasil exportou 554,3 mil toneladas de DDG/DDGS para 36 países, gerando receitas de US$ 134,9 milhões. Em 2023, a expectativa é que as exportações totalizem 608,9 mil toneladas, alcançando uma receita de US$ 180,5 milhões. Os principais compradores dos produtos brasileiros são Vietnã, com 30,5% do total embarcado, seguido pela Turquia (19%) e nova Zelândia (13%).
Fonte: portaldoagronegocio