Os mercados acionários da China e de Hong Kong fecharam em queda nesta quinta-feira, com investidores frustrados pelas novas medidas de estímulo ao setor imobiliário anunciadas por pequim. A apreensão quanto ao futuro das relações entre China e Estados Unidos também contribuiu para o movimento negativo, intensificado por informações sobre a crescente influência de Donald Trump.
O índice de Xangai e o CSI300, que abrange as maiores empresas listadas em Xangai e Shenzhen, registraram queda de 1,73%, marcando o maior recuo em quase um mês. Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 1,96%, atingindo o menor patamar em sete semanas.
As novas iniciativas do governo chinês, que incluíram incentivos fiscais para transações de imóveis e terrenos, não conseguiram impulsionar o setor imobiliário, e o índice de empresas imobiliárias do CSI caiu 2,1%, enquanto o Hang Seng Mainland Property registrou uma perda de 3,6%. Entre as ações mais prejudicadas, a incorporadora Longfor desvalorizou-se 7,2%, atingindo seu ponto mais baixo desde setembro.
No período da tarde, as perdas se acentuaram com as notícias de que Trump, ao assumir a presidência dos Estados Unidos em janeiro, poderá contar com o apoio de ambas as casas do Congresso. A possível nomeação do senador Marco Rubio, crítico severo da China, para o cargo de Secretário de Estado reforçou os temores de que a nova administração americana intensifique as políticas de contenção contra Pequim, além de tarifas e questões comerciais.
Em outros mercados da Ásia-pacífico, houve variações mistas: em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,48%, para 38.535 pontos; o Kospi de seul subiu 0,07%, a 2.418 pontos; o Taiex de Taiwan caiu 0,63%, a 22.715 pontos; em Cingapura, o Straits Times avançou 0,48%, a 3.738 pontos; e em Sydney, o S&P/ASX 200 teve alta de 0,37%, encerrando a 8.224 pontos.
Fonte: portaldoagronegocio