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Agronegócio

Mercado Doméstico de Algodão: Demanda enfrenta retração em agosto – Tendências e Impactos

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O mercado doméstico de algodão foi caracterizado por uma demanda retraída e uma comercialização fraca ao longo de agosto, especialmente na última semana do mês. Esse cenário resultou em uma desconexão entre os preços da pluma brasileira e os referenciais externos. Enquanto os valores negociados na Bolsa de Nova York registraram alta no acumulado do mês, os preços internos apresentaram queda, conforme relatado pela Safras Consultoria.

Na quinta-feira (29), o preço pago ao produtor na região de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, estava em R$ 3,74 por libra-peso, o equivalente a R$ 123,71 por arroba. Esse valor representa uma queda de 3,17% em relação à semana anterior, quando a pluma era negociada a R$ 3,86 por libra-peso (R$ 127,76 por arroba). Comparado ao mesmo período do mês anterior, a desvalorização foi de 3,26%, já que o algodão estava cotado a R$ 3,87 por libra-peso (R$ 127,88 por arroba).

A indústria local, por sua vez, adotou uma postura mais cautelosa, trabalhando com preços mais baixos. O preço do algodão colocado no CIF de São Paulo recuou 1,50% na semana, sendo cotado na quinta-feira (29) a R$ 3,95 por libra-peso, aos R$ 4,01 por libra-peso registrados na semana anterior. Comparando com o mesmo período de um mês atrás, quando o algodão estava a R$ 4,03 por libra-peso, a queda foi de 1,99%.

Produção Brasileira de Algodão: Ajuste Positivo na Safra

A produção brasileira de algodão foi revisada pela Safras & Mercado para 3,66 milhões de toneladas, refletindo um leve ajuste positivo na área semeada e uma melhora nas expectativas de produtividade. A área plantada com algodão no Brasil foi ampliada de 1,97 para 1,99 milhão de hectares, impulsionada por resultados surpreendentes na Bahia e em Mato Grosso, o que representa um crescimento de cerca de 19% em relação à safra passada, quando a área plantada foi de 1,68 milhão de hectares.

De acordo com Gil Barabach, consultor e analista da Safras & Mercado, o algodão avançou sobre áreas anteriormente destinadas ao milho de segunda safra em Mato Grosso, devido à maior rentabilidade da fibra. “Na Bahia, o segundo maior produtor do país, a área plantada com algodão cresceu 10% em comparação ao ano anterior”, destaca.

Apesar do aumento na área plantada, a produtividade na safra 2023/24 foi prejudicada pela falta de no início do ciclo das lavouras. No entanto, a melhora nas condições de umidade na fase final do desenvolvimento das plantações permitiu uma revisão positiva nas projeções de produtividade. De modo geral, a produção deve crescer cerca de 13% em relação ao ano passado, quando alcançou 3,25 milhões de toneladas. No entanto, esse aumento é inferior ao crescimento da área plantada, devido aos desafios climáticos e à menor produtividade média em comparação com a safra 2022/23.

Fonte: portaldoagronegocio

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