Quando se olha para a primeira quinzena de maio, pós Quaresma, os analistas do banco pontuaram que, em relação à primeira quinzena de maio do ano passado, houve um incremento de 28% no preço do ovo no atacado e 24% ao produtor, com a caixa de 30 dúzias precificada em R$ 173 ao produtor e R$ 216 no atacado.
“Do ponto de vista da oferta, diferentemente do ano passado, em que o setor praticamente não cresceu até o 3º trimestre, no 1º trimestre de 2023, a produção expandiu 2,8% em relação ao igual trimestre de 2022, de acordo com os números preliminares da pesquisa de produção de ovos de galinha do IBGE”, complementa a análise.
Há de se levar em consideração também a queda nos custos de produção para a avicultura, principalmente no que diz respeito à nutrição das aves, com a baixa dos preços do milho e da soja, elementos essenciais na composição das rações.
Para os analistas, o cenário é de que o mercado de ovos siga bem posicionado, “embora possa haver alguma moderação do spread em função do gradual aumento da produção que deve continuar ocorrendo refletindo as boas margens”.
O horizonte aponta para uma situação de continuidade nos patamares mais baixos de custos de produção, somando a safrinha de milho que deve começar a ser colhida com mais ritmo e ainda sem negociação de boa parte do volume, e a safra maior nos Estados Unidos, conforme detalha o documento.
“Todavia, o principal ponto de atenção é a situação da gripe aviária no país, após a confirmação de oito casos em aves silvestres, sendo sete no ES e um no RJ. Caso o Brasil venha a registrar casos em criações comerciais, seja de aves de corte ou de postura, os possíveis impactos negativos passam a depender da capacidade de contenção do avanço da doença para outras áreas. Embora as exportações sejam pouco relevantes na avicultura de postura em relação às de frango de corte, um evento pode impactar no mercado de ovos, sendo importante acompanharmos os desdobramentos deste assunto”, finaliza a análise do Itaú BBA.
Fonte: portaldoagronegocio
