O setor de fertilizantes registra queda nos preços. Segundo a Associação Nacional de Difusão de Adubos (ANDA), houve redução de 70% no valor do insumo, equalizando a demanda para este ano. A produção deve ultrapassar 46,4 milhões de toneladas, superando o recorde de 2021.
Os valores dos fertilizantes reduziram em média 70% para os nitrogenados e 60% fósforo e cloreto desde o pico de preços devido à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, onde a ureia teve aumento de 70%, MAP (45%) e potássio (53%).
Para Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, uma das maiores empresas de fertilizantes do país, a produção de alimentos será beneficiada com a redução. “Com a deflação observamos a retomada significante do setor e o maior beneficiado será o consumidor final com alimentos mais baratos”, afirma.
Em relação a importação o valor segue um pouco abaixo do observado no mesmo período de 2022, totalizando US$1,12 bilhão, mas o ritmo de compras segue acima. Em janeiro foram importados 2,40 milhões de toneladas, aumento de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
“O mercado de fertilizantes no Brasil está em constante crescimento e apresenta oportunidades para o comércio exterior. O país é um grande importador desses insumos, com uma demanda crescente para atender às suas lavouras de grãos, cana-de-açúcar, café e outras culturas”, diz Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior.
Segundo as projeções, a demanda por fertilizantes deve crescer em 4% em 2023 em relação ao ano anterior, chegando a 44,5 milhões de toneladas. “Esse aumento será impulsionado pela queda dos preços internacionais dos insumos, após a crise provocada pela guerra entre Ucrânia e Rússia em 2021”, destaca Pizzamiglio. Para atender a essa demanda, o Brasil depende principalmente da importação de países como China, Marrocos, Rússia e Estados Unidos.
O comércio exterior de fertilizantes é um tema estratégico para o Brasil, que busca aumentar sua produção agrícola e sua participação no mercado global de alimentos. “O setor agropecuário foi responsável por quase metade das exportações brasileiras em 2021, gerando um superávit comercial expressivo”, finaliza Pizzamiglio.
Fonte: portaldoagronegocio