Novembro foi um mês positivo para a suinocultura brasileira, com aumento tanto no preço do suíno vivo quanto nos principais cortes no atacado. De acordo com o analista e consultor da Safras & Mercado, Allan Maia, a oferta de animais ajustada à demanda dos frigoríficos e a reposição eficiente ao longo da cadeia produtiva contribuíram para o bom desempenho do mercado.
Na última semana de novembro, a indústria demonstrou maior cautela quanto ao preço do suíno vivo, apesar das recentes altas significativas. Embora os preços tenham subido de maneira constante, a movimentação de carne no atacado permanece fluida, o que reforça as expectativas positivas para o consumo nos próximos meses.
Expectativas para o Consumo e o Impacto das Exportações
Segundo Maia, o aumento na circulação de recursos, com o pagamento de salários e do 13º, somado às festividades de fim de ano, deve favorecer o consumo de proteínas mais acessíveis, como carne suína e frango. Esse cenário é ainda mais favorável diante dos altos preços da carne bovina. “Com isso, a carne suína se torna uma opção competitiva no mercado interno”, explicou o analista.
Além disso, as exportações continuam a desempenhar um papel crucial ao reduzir a oferta de carne no mercado doméstico. “A demanda externa permanece forte, o que contribui para enxugar a disponibilidade de carne suína no Brasil, sustentando os preços no mercado interno”, destacou Maia. Esses fatores combinados oferecem boas perspectivas de equilíbrio entre oferta e demanda, tanto no mercado interno quanto no externo.
Apreciação de Preços
De acordo com levantamento realizado pela Safras & Mercado, entre 31 de outubro e 28 de novembro, os preços do suíno vivo subiram nas principais praças do Brasil. A média de preços no Centro-Sul avançou 4,96%, passando de R$ 8,29 para R$ 8,70 por quilo. Nos cortes de pernil, o preço médio subiu 8,82%, de R$ 14,09 para R$ 15,34, e a carcaça teve valorização de 10,78%, passando de R$ 13,51 para R$ 14,96.
Em relação aos preços por estado, a arroba suína em São Paulo aumentou de R$ 182,00 para R$ 191,00, e no Rio Grande do Sul, o preço no mercado livre subiu de R$ 8,90 para R$ 9,35. Em Santa Catarina, os preços passaram de R$ 9,00 para R$ 9,50 no mercado livre. Já no Paraná, o preço do quilo vivo avançou de R$ 9,05 para R$ 9,50 no mercado livre.
Exportações de Carne Suína
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil alcançaram US$ 530,993 milhões em novembro, com uma média diária de US$ 37,928 milhões. O total exportado foi de 131,237 mil toneladas, com média diária de 9,374 mil toneladas, e o preço médio por tonelada ficou em US$ 4.046,1.
Em comparação com novembro de 2023, os números apresentaram um crescimento expressivo: o valor médio diário aumentou 264%, a quantidade média diária avançou 105,7%, e o preço médio teve uma alta de 77%. Esses dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: portaldoagronegocio
