Após o fechamento em alta na sessão anterior, os preços futuros do café iniciaram esta sexta-feira (3) com quedas moderadas nas principais bolsas internacionais. Às 8h30 (horário de Brasília), o café arábica apresentava desvalorização nos contratos futuros, enquanto o robusta enfrentava pressão devido a preocupações climáticas em regiões produtoras.
Café arábica: recuos após altas expressivas
Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), o contrato de arábica para março/25 recuou 315 pontos, cotado a 323,70 cents/lbp. Os contratos seguintes também registraram quedas:
- Maio/25: baixa de 285 pontos, cotado a 319,25 cents/lbp.
- Julho/25: desvalorização de 295 pontos, negociado a 313,20 cents/lbp.
- Setembro/25: queda de 340 pontos, valendo 306,40 cents/lbp.
Chuvas acima da média no Brasil, principal produtor de café arábica, trouxeram certo alívio aos cafezais. Segundo a Somar Meteorologia, Minas Gerais, maior região produtora do país, recebeu 102,8 mm de chuva na última semana, o equivalente a 182% da média histórica.
Robusta: clima adverso no Vietnã preocupa
O mercado de robusta segue pressionado pelas condições climáticas no Vietnã, maior exportador da variedade. As chuvas intensas na região podem dificultar o progresso da colheita, aumentando a volatilidade nos preços.
Na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), as cotações do robusta tiveram movimentação mista:
- Janeiro/25: alta de US$ 34, cotado a US$ 5.155 por tonelada.
- Março/25: queda de US$ 17, negociado a US$ 5.039 por tonelada.
- Maio/25: recuo de US$ 24, cotado a US$ 4.953 por tonelada.
- Julho/25: baixa de US$ 23, negociado a US$ 4.869 por tonelada.
Perspectivas do mercado
Os ajustes nos preços refletem a influência de fatores climáticos nos principais países produtores. Enquanto as chuvas no Brasil ajudam a recuperar os cafezais, as condições adversas no Vietnã mantêm as incertezas sobre a oferta global. Analistas seguem atentos à evolução climática e ao impacto desses eventos na dinâmica de preços do mercado cafeeiro.
Fonte: portaldoagronegocio