O mercado de café registrou ganhos moderados em Nova York e altas expressivas de mais de 2% na Bolsa de Londres na manhã desta sexta-feira (17), após encerrar a sessão anterior com quedas influenciadas pelos recordes de exportação de café em 2024, conforme relatado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Segundo o Escritório Carvalhaes, os interesses de curto prazo continuam ditando o ritmo nos contratos futuros de café, resultando em significativa volatilidade nas cotações. Essa dinâmica reflete o cenário de “sobe e desce” que tem marcado as operações diárias.
A Pine Agronegócios destacou em seu último relatório que as condições das lavouras brasileiras, anteriormente consideradas as piores desde 2001, melhoraram substancialmente com a chegada de chuvas mais regulares. Essa melhoria tem favorecido o enchimento e a qualidade dos grãos, embora não impacte o volume de produção da safra 2025/26.
No Vietnã, a colheita já atingiu aproximadamente 70% de conclusão. Entretanto, os produtores vietnamitas têm priorizado a comercialização de outros produtos, o que, aliado à proximidade do feriado lunar, tem limitado o ritmo das vendas de café.
Cotações Atualizadas
Na Bolsa de Londres, o café robusta apresentava os seguintes valores às 8h50 (horário de Brasília):
- Contrato de janeiro/2025: queda de US$ 23, cotado a US$ 4.924 por tonelada;
- Contrato de março/2025: alta de US$ 146, cotado a US$ 5.035 por tonelada;
- Contrato de maio/2025: aumento de US$ 131, cotado a US$ 4.977 por tonelada;
- Contrato de julho/2025: alta de US$ 120, cotado a US$ 4.895 por tonelada.
Na Bolsa de Nova York, o café arábica apresentava os seguintes ganhos:
- Contrato de março/2025: aumento de 290 pontos, cotado a 330,05 cents por libra-peso;
- Contrato de maio/2025: alta de 310 pontos, cotado a 326,25 cents por libra-peso;
- Contrato de julho/2025: ganho de 310 pontos, cotado a 319,65 cents por libra-peso;
- Contrato de setembro/2025: avanço de 325 pontos, cotado a 311,20 cents por libra-peso.
O cenário permanece sob influência direta das condições climáticas e da expectativa em relação ao volume real da próxima safra, fatores que devem continuar moldando o comportamento do mercado nas próximas semanas.
Fonte: portaldoagronegocio