O mercado brasileiro de arroz seguiu em ritmo desacelerado nesta semana, impactado pelas férias coletivas em indústrias de beneficiamento. Segundo Evandro Oliveira, analista e consultor da Safras & Mercado, a baixa movimentação contribuiu para a manutenção dos preços ao longo da cadeia produtiva. No varejo, pacotes de 5 quilos de marcas tradicionais variam entre R$ 23,50 e R$ 30,00, enquanto marcas populares são comercializadas por menos de R$ 20,00.
Conforme Oliveira, não se espera mudanças significativas até o término dos recessos. “O dólar chegou a atingir R$ 6,30 durante a quinta-feira, mas recuou, reforçando a competitividade do arroz brasileiro no mercado externo”, destacou. Atualmente, a diferença de quase US$ 3,00 por saca de 50 quilos em relação ao produto norte-americano beneficia as exportações. Contudo, para recuperar mercados estratégicos, como México, América Central e Caribe, o ideal seria uma vantagem de US$ 5,00 por saca, o equivalente aos custos de frete.
No campo, o plantio de arroz avança de forma consistente. No Rio Grande do Sul, estado que lidera a produção nacional, os trabalhos estão quase concluídos, com atrasos pontuais em algumas regiões centrais devido às chuvas recentes.
O cenário atual é marcado pela expectativa de exportações robustas e pelo monitoramento das flutuações cambiais, enquanto o avanço do plantio traz maior previsibilidade sobre a oferta futura.
A média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista) encerrou a quinta-feira (19) cotada a R$ 100,80, representando uma leve queda de 0,26% em relação à semana anterior. Comparando ao mesmo período do mês passado, a retração foi de 10,33%, e, em relação a 2023, a redução atingiu 19,24%.
Fonte: portaldoagronegocio